ID: 48288
Código de Localidade: 3545209
Município: Salto
Tipo de material: fotografia
Título: Ponte Pênsil : Fábrica de Tecidos Brasital : Salto, SP
Local: [S. l.]
Editor: Forte
Ano: [19--]
Descrição física: 1 cartão postal : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas: A Ponte de aço e madeira com 75 metros de extensão foi construída em 1913, devido a um acordo entre a Câmara Municipal e industriais que se localizavam às margens do Rio Tietê, para possibilitar o acesso de pescadores ao antigo Porto das Canoas. Desse modo, pescadores, visitantes e demais moradores que desejassem ter acesso ao trecho do rio abaixo da cachoeira deveriam obrigatoriamente contornar os prédios das fábricas e passar pela Ponte Pênsil, balançando sobre a margem direita do rio Tietê. Além disso, os industriais também se comprometeram a construir um mirante em local privilegiado, de onde se pudesse contemplar a cachoeira – o que de certa forma foi dificultado desde a instalação, junto à queda d’água, da Fábrica Fortuna, de José Galvão. O Mirante, demolido em 1968, deu lugar ao Restaurante do Salto, que funcionou por poucos anos. Desativado, em seu espaço se instalou um clube e, sobre ele, uma galeria de artes. Esse prédio, modificado, corresponde hoje ao Memorial do Rio Tietê. Durante muitos anos, a manutenção da ponte coube à Brasital S.A. Foi interditada em 1981, devido ao seu precário estado de conservação. Em 1989, após passar por completa reforma, a Ponte foi reaberta e constitui um importante atrativo turístico da cidade especialmente por possibilitar a vista do Rio Tietê. O local é propriedade do município e o acesso dos turistas é gratuito.
Disponível em: http://spcidades.com.br/cidade.asp?codigo=258. Acesso em: out. 2016.
Disponível em: historiasalto.blogspot.com/2013/06/para-ter-ponte-pensil-salto-perdeu-uma.html. Acesso em: out. 2016.
O conjunto das antigas instalações produtivas da Fábrica de Tecidos Brasital marca a paisagem urbana e cultural da cidade, sendo ponto de referência na margem direita do Tietê. Em 1873, com a chegada da ferrovia, houve o impulso decisivo para que os pólos fabris surgissem. Nas proximidades da cachoeira, na margem direita do Rio Tietê, surgiram as duas tecelagens pioneiras, instaladas pelos industriais José Galvão (1875) e Barros Júnior (1882), que se aproveitavam do potencial do rio e empregavam turbinas hidráulicas para a geração de força motriz. Além de atrair trabalhadores, as fábricas direcionavam a própria urbanização através dos melhoramentos executados em seus arredores. Assim, a cidade se transformou numa localidade voltada para o trabalho. Em geral, a mão-de-obra dessas primeiras fábricas era formada pelo trabalhador livre brasileiro, com numerosa presença de mulheres e crianças. No final do século XIX, a composição desse quadro inicial se alterou com a chegada de imigrantes europeus, em sua maioria italianos. Este grupo, presente em grande número em Salto, constituía a maioria dos operários empregados, que em muitos casos eram egressos de fazendas de café do interior paulista. Foram os descendentes desses primeiros italianos que formaram o contingente de trabalhadores das décadas seguintes. Através de sucessivas fusões que incorporaram as primeiras tecelagens e a Fábrica de Papel Paulista, a partir de 1904 a Sociedade Ítalo-Americana tornou-se única proprietária do conjunto fabril. Em 1919, com uma mudança de acionistas, passou a se chamar Brasital. A Brasital S. A. (1919-1981), formada com capital brasileiro e italiano, marcou território e época, dominando parte da vida da cidade até por volta dos anos 1950. Nesse período, além da expansão do setor produtivo, a Fábrica também se estendeu física e economicamente pela cidade, com a edificação de estruturas destinadas à continuidade da produção, como armazéns, escola, creche e vilas operárias. A trajetória centenária dessa Fábrica se confunde com a própria história da produção algodoeira no país, com as etapas da industrialização no interior de São Paulo e com os processos econômicos e sociais que impulsionaram o desenvolvimento da região. Quase sempre em expansão, era o destino de muitos filhos de operários, já que a política de contratação privilegiava os familiares de funcionários. Isso se concretizava por volta dos 14 anos de idade, em especial para as mulheres. Era marcante a presença feminina, representando, por volta de 1940, 75% da mão-de-obra empregada. Os 25% restantes eram homens que trabalhavam na tinturaria, oficinas mecânica, elétrica e de carpintaria, nos escritórios, nas cardas e nos depósitos de algodão e de fios. As meninas ingressavam como auxiliares das maquinistas, tanto na fiação como na tecelagem. Os meninos ingressavam como ajudantes dos mecânicos, eletricistas e carpinteiros. Outros ingressavam no escritório da fábrica ou como escriturários nas seções da indústria – tais como tecelagem, fiação, tinturaria e oficinas. A denominação Brasital persistiu até 1981, quando o Grupo Santista a adquiriu. A fábrica existiu até 1995, momento em que a então Alpargatas Santista encerrou suas atividades na cidade. Por essas e outras razões, a Fábrica foi reconhecida como um representativo exemplar do patrimônio industrial paulista, sendo tombada como patrimônio histórico e cultural em 2014. Atualmente, os prédios da antiga tecelagem abrigam o Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP).
Disponível em: historiasalto.blogspot.com/2012/01/brasital.html. Acesso em: out. 2016.
Disponível em: https://fusaoperfeita.wordpress.com/2010/03/09/brasital/. Acesso em: out. 2016.
Disponível em: https://goo.gl/mb0xVX. Acesso em: out. 2016.


Assuntos: Fábricas; Indústria têxtil; Pontes; Salto (SP); São Paulo (Estado); Universidades e faculdades
Título Secundárias: Brasital S. A.; Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio