ID: 45795
Código de Localidade: 4314407
Município: Pelotas
Tipo de material: fotografia
Título: Monumento ao Coronel Pedro Osório : Pelotas, RS
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas: Pedro Luiz da Rocha Osório, o Coronel Pedro Osório, nasceu em 9 de junho de 1854, em Nossa Senhora da Assunção de Caçapava, atual Caçapava do Sul; era filho do Major José Luís Osório e Florinda da Rocha Osório, o sétimo de dez filhos. Doze anos mais tarde, órfão de pai e mãe, Pedro Osório começou a trabalhar como tropeiro. Em 20 de junho de 1871, chegou em Pelotas aos 17 anos de idade, empregando-se como caixeiro na loja de tecidos de Januário Joaquim Amarante e, em 1875, caixeiro da Charqueada Boa Vista, de Francisco Antunes Gomes da Costa, o Barão do Arroio Grande). Em 1878, nomeado Administrador e Gerente da empresa do Barão, Pedro Osório começou o segundo período de sua vida comercial, quando se completaram seus conhecimentos na indústria do charque, se revelou um industrialista de futuro com a capacidade realizadora e o senso de direção empresarial. Em 1880, o Barão do Arroio Grande convidou Pedro Osório para ser sócio na indústria, com a participação de um terço dos lucros, e Pedro Osório aceitou; progredindo até o fim da safra de 1885, já experiente e contando com um capital de dezoito contos de réis, Pedro Osório se lançou por conta própria na industrialização da carne.
Mais tarde, Antônio da Costa Correa Leite e Antônio Rodrigues Cordeiro, verificando talento em Pedro Osório, deu-lhe à disposição todos os recursos necessários para realização dos seus planos como obreiro da indústria e do comércio pelotense. Foi contando com a confiança desses dois homens que ele iniciou em 1886 a sua primeira indústria: o Cascalho, estabelecimento comprado de Leonídio Antero da Silveira, na época localizado à margem direita do Arroio Pelotas. Pedro Osório reformou o Cascalho, adaptando-o às exigências da indústria já modernizada, fazendo-o funcionar em dois anos. Ao encerrar o balanço da safra de 1887, Pedro Osório havia elevado a cento e treze contos de réis o seu capital, multiplicando várias vezes o magro capital com que começara, e dando-lhe um alto conceito no comércio exportador do charque e aumentando sua ação no setor. Nesta charqueada foi produzido pela primeira vez charque no sistema platino. Em 1888, comprou a Charqueada do Areal, nesta época, foi um dos fundadores da União Republicana, participando de comícios e reuniões públicas para difundir as idéias republicanas e abolicionistas. Após a morte de Piratinino de Almeida, assumiu a chefia do Partido Republicano, permanecendo no cargo até a sua morte. Tornou-se o chefe político mais importante da zona sul do Estado. Instalado o regime republicano, fez parte da 1ª Junta Administrativa de Pelotas, criada para implantar a organização republicana na administração do Município. No ano seguinte, constituiu a firma Pedro Osório & Cia., em sociedade com o Coronel Alberto Rosa, que se estendeu até 1922, para ampliar os negócios do charque e tudo o que se relacionasse com a pecuária. Em 1891, casou-se com Maria Cecília Alves Pereira. Em 1894, foi nomeado Comandante Superior da Guarda Nacional, recebendo no mesmo ano as honras de Coronel do Exército por relevantes serviços prestados à República. Nos anos seguintes, desenvolveu suas atividades nas Charqueadas Pelotas e São Gonçalo. Em 1903, foi nomeado Vice-Presidente do Estado no governo de Borges de Medeiros. Em 1907, fundou a Charqueada de Tupanceretan, a pioneira na região da serra, trazendo progresso significativo ao então povoado, sendo por isto considerado pela população local como patrono do vilamento de Tupanciretã. Em 1907, na propriedade do Cascalho, o Coronel faz sua primeira plantação de arroz e, havendo retorno, construiu o Engenho do Cascalho. Em 1912, foi decidida a construção e montagem do grande Engenho São Gonçalo, ao lado da charqueada do mesmo nome, com capacidade para beneficiar 700.000 sacos de arroz em casca, 1.200 sacos em dez horas, na época o maior engenho da América do Sul. Junto ao engenho construiu um cais de alvenaria onde atracavam as embarcações. Nas granjas do Cotovelo e Cascalho eram plantados 30 mil pés de eucalipto, combustível às fornalhas de levantes e engenhos. Em 1917, introduziu o sistema de parceria agrícola. De suas lavouras partiram as primeiras iniciativas de conservação da fertilidade das terras e melhoria das pastagens pela drenagem e adubação sistemática. Foi um criador esclarecido e um dos maiores invernadores de gado de corte e ovinos de Pelotas e da região serrana. Foi um dos primeiros importadores e o introdutor no Estado de raças americanas de suínos. Durante a primeira guerra mundial exportou carne para a Europa. Foi o pioneiro no Brasil na instituição de seguro de vida para seus funcionários; criou em suas propriedades um sistema de atendimento médico, escolas e condições de melhoria da qualidade de vida, com boas casas e salários justos, e defendia o ensino gratuito. Em 1919, convidado por Epitácio Pessoa para o cargo de Ministro da Agricultura, recusou e indicou Dr. Ildefonso Simões Lopes para o cargo. O Coronel Pedro Osório faleceu em Palmeira, em 28 de fevereiro de 1931, durante suas férias. Seu corpo foi transportado em trem especial a Pelotas, fazendo parada em diversas estações onde lhes prestavam homenagens da população e autoridades que multiplicavam o público, seu enterro foi o maior ocorrido em Pelotas, com uma multidão calculada em torno de 20.000 pessoas.
Disponível em: http://www.vivaocharque.com.br/personagens/pedroosorio.php. Acesso em: fev. 2016.


Assuntos: Monumentos; Pelotas (RS); Rio Grande do Sul
Título Secundárias: Monumento a Osório, Pedro Luis, 1854-1931