ID: 39420
Código de Localidade: 3550308
Município: São Paulo
Tipo de material: fotografia
Título: [Colégio Des Oiseaux] : São Paulo, SP
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas: Um dos mais tradicionais colégios para mulheres de São Paulo, o Des Oiseaux era o centro educacional onde a burguesia paulistana matriculava suas filhas.
Era lá, na instituição fundada por cônegas belgas da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho em 1907, que as moças iam para receber uma educação formal.
O colégio funcionou por 64 anos, no altivo prédio art nouveau projetado pelo arquiteto francês Victor Dubugras, que existia na esquina da Rua Augusta com a Rua Caio Prado. Antes de ser vendido às freiras, em 1906, o palacete era residência da família Uchôa.
O Des Oiseaux era conhecido por seu prestígio e excelência acadêmica. Internato, depois, transformado em semi-internato no final da década de 1940, a instituição oferecia cursos desde o primário; seguindo-se o ginasial; os colegiais, clássico e científico; até o superior, ministrado pelo Instituto Superior de Filosofia, Ciências e Letras Sedes Sapientiae, criado pelas cônegas em 1933. O colégio também contava com o Centro de Estudos Teatrais, que exibia peças montadas e encenadas por suas alunas. Figuras conhecidas como a ex-prefeita Marta Suplicy e a socióloga e ex-primeira-dama Ruth Cardoso estudaram no Des Oiseaux.
O prédio da instituição foi desocupado em 1971, e a Sedes Sapientiae foi incorporada pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC).
O crescimento urbano na região levou as freiras a buscarem um novo local para o colégio. Em 1960, a ordem lançou a pedra fundamental da sua nova escola no Bairro do Morumbi, o Colégio Nossa Senhora do Morumbi.
Após a desocupação do prédio da Rua Caio Prado, o cursinho pré-vestibular Equipe mudou-se para o local.
Em 1970, foi decretado o primeiro Decreto de Utilidade Publica (DUP) para a construção de um jardim público. Em 1974, o edifício do colégio foi demolido, mas algumas edificações isoladas permaneceram no terreno, como a entrada da Rua Caio Prado e uma edificação que se encontra dentro do bosque. Desde a demolição do prédio, vários usos foram dados ao terreno. Um estacionamento e até um circo já funcionaram no local.
Na década de 1980, o Projeto SP, uma iniciativa que promovia atividades multiculturais na cidade com shows de música e cursos de arte e cultura, foi instalado ali.
Em 2004, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (CONPRESP), tombou as construções remanescentes e todos os exemplares arbóreos da área, através da Resolução 23/CONPRESP/04.
Através da Lei 15.941 de 24 de dezembro de 2013, foi criado o Parque Augusta.
O terreno do parque é alvo de disputas entre as construtoras que são donas do terreno, os moradores da região e da Prefeitura de São Paulo.
Disponível em: http://acervo.estadao.com.br/noticias/acervo,era-uma-vez-em-sp-colegio-des-oiseaux,11116,0.htm. Acesso em: maio 2016.
Disponível em: http://www.toninhovespoli.com.br/wp-content/uploads/2015/04/Laudo-final-Pq-Augusta-MP-2.pdf. Acesso em: maio 2016.
Disponível em: https://catracalivre.com.br/geral/sustentavel/indicacao/apos-decisao-judicial-parque-augusta-sera-reaberto-no-dia-1o-de-julho/. Acesso em: maio 2016.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2016/04/1766506-ministerio-publico-pede-devolucao-do-parque-augusta-a-prefeitura.shtml. Acesso em: maio 2016.


Assuntos: Edifícios escolares; Escolas; São Paulo (Estado); São Paulo (SP)