Aqui você pode realizar buscas no catálogo on-line, bem como fazer download de parte do nosso acervo. Além disso, disponibilizamos informações sobre a biblioteca, tais como histórico, serviços oferecidos, links relacionados, etc.

ID: 36438
Código de Localidade: 2307304
Município: Juazeiro do Norte
Tipo de material: fotografia
Título: Estátua de Padre Cícero : Juazeiro do Norte, CE
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : color.
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas:
Inaugurado no dia 1º de novembro de 1969 pelo então prefeito Mauro Sampaio, o monumento em homenagem ao Padre Cícero está localizado no alto da Serra do Catolé, também conhecida como Colina do Horto.
Terceira maior estátua do mundo esculpida em concreto, possui 27 metros de altura e foi esculpida por Armando Lacerda em um local que era sempre escolhido pelo sacerdote para os seus retiros espirituais.
Estima-se que o monumento receba cerca de 2,5 milhões de visitantes por ano.
Disponível em: http://www.juazeiro.ce.gov.br/Cidade/Estatua-de-Padre-Cicero/. Acesso em: jul. 2016.
Cícero Romão Batista nasceu em Crato-CE, no dia 24 de março de 1844. Filho de Joaquim Romão Batista, um pequeno comerciante, e Joaquina Vicência Romana, conhecida como dona Quinô, fez um voto de castidade aos 12 anos, influenciado pela leitura da vida de São Francisco de Sales.
Em 1860, foi matriculado no renomado Colégio Padre Inácio de Sousa Rolim, em Cajazeiras-PB.
Com a morte do pai, em 1862, foi obrigado a interromper os estudos e voltar para junto da família, que passou por problemas financeiros.
Em 1865, ingressou no Seminário da Prainha em Fortaleza com a ajuda de seu padrinho de crisma, o Coronel Antônio Luiz Alves Pequeno. Foi ordenado padre no dia 30 de novembro de 1870.
Após sua ordenação retornou ao Crato e enquanto o Bispo não lhe dava paróquia para administrar, ensinou Latim no Colégio Padre Ibiapina, fundado e dirigido pelo Professor José Joaquim Teles Marrocos, seu primo e grande amigo.
No Natal de 1871, aos 28 anos, foi convidado pelo Professor Semeão Correia de Macêdo, para visitar o povoado de Juazeiro, então pertencente a Crato, onde celebrou a tradicional Missa do Galo. Meses depois, no dia 11 de abril de 1872, voltou a Juazeiro do Norte junto com a família, para fixar residência definitiva.
Padre Cícero reformou a Capela de Nossa Senhora das Dores, Padroeira de Juazeiro, e começou um intenso trabalho pastoral, ganhando a simpatia do povo e tornando-se uma grande liderança na comunidade.
No dia 1º de março de 1889, durante a comunhão geral, a beata Maria de Araújo não pôde deglutir a hóstia consagrada, pois a hóstia transformara-se em sangue.
O fato repetiu-se outras vezes e o povo achou que se tratava de um novo derramamento do sangue de Jesus Cristo e, portanto, um milagre autêntico.
As toalhas com as quais se limpava a boca da beata ficaram manchadas de sangue e passaram a ser alvo da veneração de todos.
Prudente, Padre Cícero pediu que dois médicos e um farmacêutico estudassem o caso. Estes acompanharam o fenômeno, estudaram, analisaram e assinaram atestados afirmando que o fato era inexplicável à luz da ciência. O atestado reforçou a fé no milagre.
Com a notícia se espalhando, começaram as peregrinações para Juazeiro. O bispo de Fortaleza, ao saber do fato, chamou Padre Cícero para esclarecimentos e após ouvir seu relato, mandou que os fatos fossem investigados oficialmente.
A Comissão nomeada pelo bispo foi a Juazeiro, assistiu às transformações, examinou a beata, ouviu testemunhas e concluiu que o fato era realmente de origem divina. Mas o bispo, influenciado por clérigos que rejeitavam a ideia de milagre, nomeou outra Comissão, que foi a Juazeiro, convocou a beata, deu a comunhão a ela e nada de extraordinário aconteceu. Foi concluído que não houve milagre.
O Padre Cícero, o povo e todos os padres que acreditavam no milagre protestaram. O bispo entendeu como desobediência e enviou um relatório à Santa Sé, que confirmou a decisão do bispo contrária ao milagre. Os padres foram obrigados a se retratar e Padre Cícero foi suspenso de ordem, acusado de manipulação da fé.
Durante toda a vida Padre Cícero tentou revogar essa pena, mas não conseguiu. Ele até conseguiu uma vitória em Roma, quando esteve lá em 1898, mas o bispo não voltou atrás.
Proibido de celebrar Missas, Padre Cícero entrou na vida política para atender aos apelos dos amigos, quando Juazeiro começou a lutar por emancipação política, o que ocorreu em 22 de julho de 1911. Padre Cícero foi nomeado Prefeito do novo município. Além de Prefeito, também foi nomeado Vice-Governador do Ceará, mas nunca ocupou o cargo.
Padre Cícero é a figura mais importante de Juazeiro do Norte e é tido como o responsável pelo crescimento da cidade, que transformou-se na mais importante do interior do Ceará. Os bens que ele recebeu em vida foram doados para a Igreja, principalmente para os salesianos que ele próprio levou para Juazeiro.
Padre Cícero faleceu no dia 20 de julho de 1934 e é uma das figuras mais biografadas do mundo. Sobre ele, existem mais de duzentos livros. Ultimamente sua vida vem sendo estudada por cientistas sociais do Brasil e do Exterior. Não foi canonizado pela Igreja, porém é tido como santo por sua imensa legião de fiéis espalhados pelo Brasil.
Em março de 2001, Padre Cícero foi escolhido o cearense do século.
Disponível em: http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/biografiapadrecicero.html. Acesso em: jul. 2016.
Disponível em: http://www.cruzterrasanta.com.br/historia-de-padre-cicero/51/102/#c. Acesso em: jul. 2016.


Assuntos:
Batista, Cícero Romão, 1844-1934; Ceará; Estátuas; Juazeiro do Norte (CE)


© 2024 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
QRCode desta página