ID: 34941
Código de Localidade: 2111300
Município: São Luís
Tipo de material: fotografia
Título: Igreja de São José do Desterro : São Luís, MA
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : color.
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas: A Igreja de São José do Desterro é conhecida por ser a mais velha igreja de São Luís, pois tem suas origens durante o período colonial no Brasil.
Sua primeira construção foi em 1618, quando ali foi erguida uma ermida, coberta de palha e com porta principal aberta, não para a Rua da Palma, mas para a praia, onde hoje se encontra o altar-mor. Em 1641, quando os holandeses tomaram a cidade, profanaram-na e destruíram a imagem de sua padroeira. Após a expulsão dos invasores, a igreja foi reconstruída. A segunda edificação foi erguida, desta vez, com frente voltada para o largo em que termina a Rua da Palma e começam os becos do Precipício, do Desterro e do Caela.
Acredita-se que essa segunda igreja tenha durado cerca de um século e sido a segunda em maior importância para a capital tendo em vista os registros de procissões saída da Sé sob o comando do bispo Dom Frei José Delgarte. No início do século XIX a Igreja do Desterro estava em completo abandono e sua estrutura arruinada, até que desmoronou em 1832.
Um homem chamado José Lé começou a reerguer o templo e com materiais colhidos nos arredores pelo próprio edificador, que morreu antes de concluí-la. Entretanto, a obra foi finalizada com esmolas angariadas por outro devoto, José Antônio Furtado do Queixo. A igreja foi concluída em 14 de abril de 1839, agora como Igreja de São José do Desterro, em homenagem aos dois homens que a ergueram, consagrada a São José.
A terceira construção também não durou muito tempo. Após a morte do escrivão, novamente a caiu em abandono, sendo roubados de lá peças em ouro e prata que formavam um dos mais preciosos acervos religiosos da cidade. Em 1865, o templo apresentava-se novamente em estado de deterioração e a Câmara Municipal dirigiu ofício ao bispo, solicitando a permissão para demolir as paredes que ainda restavam e construir uma praça arborizada e instalar o mercado do peixe no local. Tal proposta fez com que uma nova intervenção fosse feita para salvá-lo do descaso e uma nova igreja foi construída e reinaugurada em 1869. Um gradeado na torre sineira, sustentado por coruchéus, carrega a inscrição 1868, data na qual foram terminadas as obras. É do mesmo ano, o coro e as três janelas da frente, como consta na lousa existente no coro.
Cinquenta anos depois, a igreja foi interditada novamente. A imagem do padroeiro foi lavada para a Sé e os demais utensílios para a Nossa Senhora do Rosário. A igreja de São José foi reaberta em 1943, passando por restaurações nos anos de 1954, 1975, 1981 e 1994. Naquele ano, os quatro sinos foram bentos com nomes de São José, São Luís, Santa Bárbara e São Jerônimo.
Apresenta planta pentagonal, característica que a distingue dos outros templos erigidos na região. Acredita-se que seria uma adaptação do partido em cruz com nave, capelas laterais e capela-mor, nitidamente seccionadas.
Ali foram enterrados os primeiros habitantes de São Luís. O arco cruzeiro é simples, sem detalhes. O altar-mor possui piso de cantaria e o retábulo tem características do neoclássico, apresentando entalhes vazados contornando o arco pleno do nicho central, encimado por imagens de ferramentas de carpintaria no centro, alusão à profissão de São José. Dois pares de colunas coríntias apoiadas por mísulas retangulares adornam suas laterais. A imagem do santo encontra-se sobre seis degraus. Há também um nicho dedicado à Sagrada Família e logo abaixo da mesa do altar, a estátua do Senhor Morto. Várias teorias tentam definir a fonte de inspiração que deu origem ao frontão composto por quatro ogivas, sendo três menores que emolduram uma maior encimada por uma cruz.
Atualmente, sua fachada desenvolve-se em dois pavimentos e apresenta uma única torre sineira do lado direito, além de cinco janelas com balcão entalado em gradil de ferro no segundo nível. No térreo, existe uma portada de acesso à nave central que é ladeada por dois nichos de vergas em arco pleno, solução que lembra as adotadas no interior das pequenas igrejas jesuítas, e duas portas laterais encimadas por óculos. As guarnições dos vãos inferiores e o piso do patamar da entrada são em pedra de Lioz.
Disponível em: http://passeiourbano.com/2012/11/04/igreja-de-sao-jose-do-desterro/. Acesso em: jun. 2015.
Disponível em: http://www.oimparcial.com.br/_conteudo/2015/09/mais/especiais/sao_luis_403_anos/180045-conheca-as-igrejas-historicas-de-sao-luis-e-seus-momentos-importantes-para-a-cidade.html. Acesso em: abr. 2016.
Disponível em: http://www.juntadeandalucia.es/fomentoyvivienda/estaticas/sites/consejeria/areas/arquitectura/fomento/guias_arquitectura/adjuntos_ga/Guia_Sao_Luis_e.pdf. Acesso em: abr. 2016.


Assuntos: Igrejas (Edifícios); Maranhão; São Luís (MA)
Título Secundárias: Igreja do Desterro