ID: 34897
Código de Localidade: 2111300
Município: São Luís
Tipo de material: fotografia
Título: Praça do Panteon : [Busto de Artur Azevedo] : Biblioteca Pública do Estado : São Luís, MA
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas: Na Praça do Panteon encontram-se homenagens a alguns homens que se destacaram na história do Maranhão e entre eles está o busto de Artur Azevedo, construído em 1940.
Disponível em: http://www.sapientia.pucsp.br/tde_arquivos/13/TDE-2012-08-21T06:14:00Z-12819/Publico/Irene%20Coelho%20de%20Araujo.pdf. Acesso em: abr. 2016.
Considerada por alguns historiadores a segunda biblioteca pública mais antiga do Brasil, a Biblioteca Pública do Estado do Maranhão foi criada ainda no período imperial, em 29 de setembro de 1829, como resultado do esforço de intelectuais que, naquela época queriam provar que no Brasil se valorizava o pensamento e a arte. Foi aberta ao público em 3 de maio de 1831.
Fechada e reaberta por inúmeras vezes, a Biblioteca Pública do Maranhão percorreu vários endereços, até ser inaugurada em 19 de setembro de 1951 na sua Sede atual. Em 1958 foi denominada Biblioteca Pública Benedito Leite pelo Decreto nº 1316 de 8 de abril de 1958, em homenagem ao político maranhense que propôs sua reorganização.
O prédio atual da Biblioteca possui estilo neoclássico de grandes proporções, elementos característicos, tais como cobertura e escadaria de acesso, cúpula central, alas semicirculares vão de janelas encimados por frontões. Localiza-se na Praça do Panteon, na parte mais alta e central de São Luís em frente a Praça Deodoro.
Possui 127.000 peças em seu acervo, entre obras de arte, coleções de jornais maranhenses desde a independência, manuscritos do século XVIII, livros, revistas, jornais, fotografias, microfilme, diários oficiais, obras raras, livros em Braille e folhetos. A Biblioteca conta ainda, com um significativo acervo referente à história política do Maranhão.
Disponível em: http://www.cultura.ma.gov.br/portal/bpbl/index.php?page=missao. Acesso: jun. 2015.
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo, jornalista e teatrólogo, nasceu em São Luís, MA, em 7 de julho de 1855. Figurou, ao lado do irmão Aluísio Azevedo, no grupo fundador da Academia Brasileira de Letras, onde criou a cadeira nº 29, que tem como patrono Martins Pena.
Aos oito anos Artur já demonstrava pendor para o teatro, brincando com adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo, e pouco depois passou a escrever as peças que representava. Muito cedo começou a trabalhar no comércio. Depois foi empregado na administração provincial, de onde foi demitido por ter publicado sátiras contra autoridades do governo. Ao mesmo tempo lançava as primeiras comédias nos teatros de São Luís. Aos quinze anos escreveu a peça Amor por anexins, que teve grande êxito, com mais de mil representações no século passado. Ao incompatibilizar-se com a administração provincial, concorreu a um concurso aberto, em São Luís, para o preenchimento de vagas de amanuense da Fazenda. Obtida a classificação, transferiu-se para o Rio de Janeiro, no ano de 1873 e obteve emprego no Ministério da Agricultura.
A princípio, dedicou-se também ao magistério, ensinando Português no Colégio Pinheiro. Mas foi no jornalismo que ele pôde desenvolver atividades que o projetaram como um dos maiores contistas e teatrólogos brasileiros. Fundou publicações literárias, como A Gazetinha, Vida Moderna e O Álbum. Colaborou em A Estação, ao lado de Machado de Assis, e no jornal Novidades, onde seus companheiros eram Alcindo Guanabara, Moreira Sampaio, Olavo Bilac e Coelho Neto
Foi um dos grandes defensores da abolição da escravatura, em seus os artigos de jornal, em cenas de revistas dramáticas e em peças dramáticas, como O Liberato e A família Salazar, esta escrita em colaboração com Urbano Duarte, proibida pela censura imperial e publicada mais tarde em volume, com o título de O escravocrata.
Escreveu mais de quatro mil artigos sobre eventos artísticos, principalmente sobre teatro, nas seções que manteve, sucessivamente, em O País (“A Palestra”), no Diário de Notícias (“De Palanque”), em A Notícia (o folhetim “O Teatro”). Multiplicava-se em pseudônimos: Elói o herói, Gavroche, Petrônio, Cosimo, Juvenal, Dorante, Frivolino, Batista o trocista e outros. A partir de 1879 dirigiu, com Lopes Cardoso, a Revista do Teatro. Por cerca de três décadas sustentou a campanha vitoriosa para a construção do Teatro Municipal, cuja inauguração não pôde assistir.
Embora escrevendo contos desde 1871, só em 1889 reuniu alguns deles no volume Contos possíveis, dedicado a Machado de Assis, seu companheiro na Secretaria da Viação e um de seus mais severos críticos. Em 1894, publicou o segundo livro de histórias curtas, Contos fora de moda, e mais dois volumes, Contos cariocas e Vida alheia, constituídos de histórias deixadas por Artur Azevedo nos vários jornais em que colaborara.
No conto e no teatro, Artur Azevedo foi um descobridor do cotidiano da vida carioca e observador dos hábitos da capital e tudo o que se passava nas ruas ou nas casas forneceu assunto para as histórias. No teatro foi o continuador de Martins Pena e de França Júnior. Teve, em vida, cerca de uma centena de peças de vários gêneros e mais trinta traduções e adaptações livres de peças francesas encenadas em palcos nacionais e portugueses.
Outra atividade a que se dedicou foi a poesia. Foi um dos representantes do Parnasianismo, por uma questão de cronologia, porque pertenceu à geração de Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac, todos sofrendo a influência de poetas franceses como Leconte de Lisle, Banville, Coppée, Heredia. Por seu temperamento alegre e expansivo, não tinha nada que o filiasse àquela escola.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 22 de outubro de 1908.
Disponível em: http://www.academia.org.br/academicos/artur-azevedo/biografia. Acesso em: abr. 2016.


Assuntos: Bibliotecas públicas; Edifícios públicos; Estátuas; Maranhão; Monumentos; Praças; São Luís (MA)
Título Secundárias: Biblioteca Pública Benedito Leite; Praça do Phanteon