ID: 34886
Código de Localidade: 2111300
Município: São Luís
Tipo de material: fotografia
Título: Praça Benedito Leite : [Estátua de Benedito Leite : Palácio do Comércio : Igreja Nossa Senhora da Vitória ] : São Luís, MA
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas: Praça Benedito Leite, é um largo localizado ao lado da Igreja da Sé (Catedral Metropolitana), entre as ruas de Nazaré e da Sé, em frente ao Palácio do Comércio.
O logradouro já foi chamado de Jardim Público 13 de Maio, Largo do João Velho e Praça da Assembleia, e recebeu o atual nome em homenagem ao governador do estado e poeta maranhense que incumbiu o engenheiro Anísio Palhano de Jesus de elaborar um projeto paisagístico para o largo.
Em 1804, a mando do governo português, as moradias seriam retiradas para a construção do primeiro jardim botânico da cidade, mas a obra foi suspensa logo no início devido à necessidade de reforços nas fortificações da Província por temer ataques da França, que se encontrava em guerra com Portugal.
Em 1820, o governador da Província, Bernardo Pinto da Silveira, transformou o velho largo em um jardim. Durante o governo de Benedito Leite, em 1906, o engenheiro Anísio Palhano de Jesus desenvolveu um projeto de paisagismo, no qual constava a plantação de figueiras de Benjamin, compondo 12 espaços destinados ao Panteon Maranhense.
Com o atual nome, a praça foi inaugurada no dia 6 de março de 1911, data do aniversário de falecimento de Benedito Leite.
Uma estátua em sua memória - executada em Paris pelo escultor francês François Emile Decarchemont - foi inaugurada em 1912.
No local foi posto uma estátua em bronze do ex-governador esculpida na França por Émille Decorchement.
Na mas recente intervenção, em 2006, o piso de cimento foi substituido por um de alta resistência. A calçada do entorno, que é de pedra portuguesa e os bancos foram reformados. Também neste ano, deu-se a reforma do antigo coreto, transformado em loja desde as primeiras décadas do século XX, além de conclusão da nova iluminação.
Dispnível em: https://passeiourbano.com/2012/08/14/praca-bendito-leite/. Acesso em: abr. 2016.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/291. Acesso em: abr. 2016.
Benedito Pereira Leite nasceu em Rosário, Maranhão, no dia 4 de outubro de 1857, filho de Antônio Pereira Leite e de Ana Rita de Sousa Leite. Cursou o secundário no Colégio Imaculada Conceição, em São Luís, e bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Recife em 1882.
Ingressou na política filiando-se ao Partido Conservador do Império e foi signatário da primeira Constituição republicana do Maranhão, promulgada em 1891.
Eleito deputado federal em março de 1892, Benedito Leite assumiu sua cadeira na Câmara dos Deputados no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, em maio seguinte. Exercendo sua liderança política no Maranhão, conseguiu costurar e consolidar a união dos partidos Católico, Constitucional e Nacional, surgindo daí o Partido Federalista, criado com o objetivo de tornar-se o guardião do federalismo, numa alusão crítica ao Partido Republicano, acusado pelos federalistas de tentar impor o centralismo.
Fundou o jornal O Nacional e foi editor do Jornal Federalista.
Reeleito deputado federal em 1894, Benedito Leite permaneceu na Câmara dos Deputados até 1896, quando foi eleito senador na vaga aberta com a morte de Francisco Manuel da Cunha Júnior. Assumindo sua cadeira no Senado Federal, passou a integrar a Comissão de Finanças e foi relator do orçamento do Ministério da Guerra. Reeleito, exerceu o mandato até 1906, quando foi eleito presidente do Maranhão, na sucessão de Manuel Lopes da
Cunha. Empossado em 1º de março desse ano, permaneceu à frente do governo maranhense até 25 de agosto de 1908, quando se licenciou e viajou para a França para tratamento de saúde. Foi substituído pelo segundo vice-presidente Artur Quadros Colares Moreira. Casou-se com Angélica Gonçalves Pires Ferreira.
Faleceu em Hyeres, na França, no dia 6 de março de 1909.
Disponível emm: http://cpdoc.fgv.br/sites/default/files/verbetes/primeira-republica/LEITE,%20Benedito.pdf. Acesso em: abr. 2016.
O Palácio do Comércio abriga as instalações da Associação Comercial do Maranhão e já abrigou o Hotel Central.
Disponível em: https://passeiourbano.com/2012/08/14/praca-bendito-leite/. Acesso em: abr. 2016.
Considerado um dos monumentos históricos mais antigos e importantes de São Luís do Maranhão, a Igreja da Sé ou Catedral Metropolitana, foi denominada Igreja de Nossa Senhora da Vitória, em homenagem a Nossa Senhora, protetora dos portugueses na Batalha de Guaxenduba.
Essa batalha ocorreu em 1615, onde hoje se localiza a cidade de Icatu e foi um confronto militar importante para acelerar a expulsão definitiva dos franceses do Maranhão. Conta-se que, nessa batalha contra os franceses, os portugueses estavam em desvantagem quanto ao número de soldados. Pediram ajuda a Nossa Senhora e foram atendidos. Por isso, a igreja foi denominada Nossa Senhora da Vitória.
A edificação foi iniciada em 1619 pelo 3º Capitão-Mor Diogo Machado da Costa que, no final do seu mandato, em 1622, a inaugurou.
Quase setenta anos depois, a Companhia de Jesus deu início às obras da igreja de Nossa Senhora da Luz, conforme desenho feito pelo padre Felipe Bertendorf e aprovado por Roma. A construção ficava próxima à modesta igreja construída pelo Capitão-Mor Diogo Machado e foi concluída em 30 de julho de 1699.
Em 1761, após a expulsão dos jesuítas do Brasil, ficou determinado que os bens daquela ordem religiosa passariam para a Fazenda Nacional e o Colégio e a Igreja de Nossa Senhora da Luz serviriam de Paço Episcopal e Catedral. Como a primeira e antiga igreja estava bastante arruinada, a dos jesuítas tornou-se catedral, deixando de ter como padroeira Nossa Senhora da Luz e passando a ter como titular Nossa Senhora da Vitória. A antiga igreja foi demolida no ano de 1763.
Durante sua longa existência sofreu reformas, muitas malfeitas, que culminaram com desmoronamento de parte da igreja e sua reconstrução. As formas atuais da Igreja da Sé ou Catedral Metropolitana de São Luís do Maranhão é o resultado da reforma ocorrida em 1922.
A fachada atual da igreja é em estilo neoclássico, não guardando semelhanças com a edificação inicial de vocação barroca, exceto por uma torre (a da direita). Simétrica e com frontão coroado pela imagem de nossa Senhora da Vitória, sobre quatro pilastras compósitas. Os vãos apresentam variedade de formas, umas com verga reta, outras em arco abatido, alternadas por molduras decoradas em argamassa. A torre e relógio do lado esquerdo são posteriores; à direita, ambas terminadas em cúpula truncada de três seções, coroada com cruz de ferro. o Adro possui formato original, protegido por balaústres de ferro, com escadaria de acesso e piso em cantaria. Internamente, a nave central possui teto em abóbada de berço com afresco do artista plástico João de Deus. O altar-mór data do século XVIII e constitui uma das melhores obras de talha existentes em São luís. Nele encontramos duas imagens: uma de São Pedro e outra de São Luís, em homenagem ao Rei da frança. Outros elementos de elevado valor histórico, são cinco cobres pintados a óleo que representam parte da via sacra e o lavabo da sacristia, que apresenta dois golfinhos confeccionados em mármore.
No período de 1993 a 1996, a 3ª Superintendência Regional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou obras de restauração que recuperaram o ouro primitivo encoberto por pintura azul e branca que refletem um simbolismo litúrgico muito frequente no barroco luso-espanhol, austríaco e sul-americano em geral.
A Catedral é tombada pelo Iphan e tem como destaque o altar-mor, do século XVIII, que é considerado um tesouro da arte barroca brasileira.
Disponível em: http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=896%3Aigreja-da-se-sao-luiz-ma&catid=44%3Aletra-i&Itemid=1. Acesso em: abr. 2016.
Disponível em: http://www.juntadeandalucia.es/fomentoyvivienda/estaticas/sites/consejeria/areas/arquitectura/fomento/guias_arquitectura/adjuntos_ga/Guia_Sao_Luis_e.pdf. Acesso em: abr. 2016.
Assuntos: Estátuas; Maranhão; Monumentos; Praças; São Luís (MA)
Título Secundárias: Catedral da Sé; Igreja da Sé; Jardim 13 de Maio; Jardim Público 13 de Maio; Jardim Treze de maio; Largo do João Velho; Palácio Episcopal; Praça da Assembleia