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ID: 2541
Código de Localidade: 1501402
Município: Belém
Tipo de material: fotografia
Título: Baía de Guajará : Cais do Mercado Ver-o-Peso : Forte do Castelo : Belém (PA)
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas:
A Baía de Guajará situa-se a oeste da cidade de Belém, é um subestuário e recebe águas dos rios Guamá, Acará e Moju. Possui comunicação direta com a baia de Marajó e, devido sua proximidade do oceano Atlântico, está sujeita a influências das marés oceânicas. Possui águas barrentas, fortemente amareladas e salobras.
Os chalés antigos que predominam na orla dão ao lugar um aspecto de bucolismo e tranquilidade que, com o passar dos anos, tornou a ilha um dos principais balneários da capital, onde a população sempre está em busca de lazer e contato com a natureza.
Dentre as praias mais conhecidas destacam-se: Areião, Grande, Farol, Chapéu Virado, Murubira, Ariramba, São Francisco, Paraíso e Baía do Sol. Algumas são bastante urbanizadas e outras permanecem pouco frequentadas.
É na Baía do Guajará que se encontram as ilhas da Onças, Arapiranga e Piriquitos, entre outras. É também onde se concentram os principais pontos turísticos de Belém entre os quais o Ver-o-Peso, Complexo Feliz Luzitânia e Estação das Docas.
Disponível em: https://goo.gl/PqcXMX. Acesso em: set. 2017.
Disponível em: https://goo.gl/DXWTRM. Acesso em: set. 2017.
O atual Mercado Ver-o-Peso, no século XVII era denominado como Casa de Haver o Peso, no local funcionou até meados do ano de 1839 um posto de fiscalização e tributos dos gêneros trazidos para a sede das capitanias implantado pelo portugueses. Posteriormente o local foi arrendado e destinado à venda de peixe fresco. Em 1847, com o término do contrato de arrendamento, foi iniciada a construção dos Mercados de Peixe e de Carne, este último também conhecido como Mercado Municipal ou Mercado Bolonha. O atual Mercado Ver-o-Peso, ou Mercado de Ferro, como era inicialmente conhecido, foi erguido durante o Ciclo da Borracha. Sua construção foi autorizada em 30 de dezembro de 1897 e sua edificação, com o projeto de Henrique La Rocque, teve início no ano de 1899. Toda a estrutura de ferro foi trazida da Europa seguindo a tendência francesa de art nouveau da belle époque. No século XX a área onde está construído, localizada no Centro Histórico de Belém e denominada Complexo do Ver-o-Peso, tomou o formato atual com seus mercados e praça. Essa área possui mais de 26 mil metros quadrados e é formada pelo Mercado de Ferro ou de Peixe, o Mercado Municipal de Carne, a Praça do Pescador, a Praça do Relógio, a Praça dos Velames, pelo Palacete de Bolonha, além de duas mil barracas e casa comerciais populares. O Mercado sofreu reformas, sendo a primeira no ano de 1985. Seguiram-se a de 1989 e a de 1999, esta última recuperando todo o complexo. O Mercado do Ver-o-Peso é conhecido como o maior mercado e feira ao ar livre da América Latina. Em 1977, todo o conjunto arquitetônico e paisagístico do Ver-o-Peso foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 2008 o Mercado Ver-o-Peso ganhou o título, em concurso promovido pelo HSBC e pela revista Caras na internet, de uma das Sete Maravilhas Brasileiras.
Disponível em: https://goo.gl/CvC9Wo . Acesso em: set. 2017.
Disponível em: https://goo.gl/DXWTRM. Acesso em: set. 2017.
O Forte do Castelo, conhecido como Forte do Presépio ou, ainda, por Forte do Senhor Santo Cristo, foi erguido 1616 pelos portugueses para proteger a cidade de Belém que acabara de ser fundada, a fortificação está localizada na Ponta de Maúri, na confluência do Rio Guaianá com a Baía de Guajará, demarcando a entrada do porto e o canal de navegação que ladeia a Ilha das Onças, em Belém.
A quantidade de nomes que o Forte do Presépio teve pode ser justificada pelos acontecimentos que caracterizaram sua fundação. Após vencer os franceses no Maranhão em novembro de 1615, os portugueses chegam à Amazônia já de olho na movimentação de ingleses e holandeses, que haviam iniciado aproximação com os indígenas para aproveitar o potencial da imensa região amazônica. A Coroa Portuguesa, então, confiou a Francisco Caldeira de Castello Branco, que ocupava o cargo de capitão-mor do Rio Grande do Norte, a missão de explorar a área assediada pelos estrangeiros. Por causa disso, ele recebeu o título de Descobridor e Primeiro Conquistador do Rio das Amazonas.
Ao chegar a Belém vindo de São Luís do Maranhão, com três navios e 200 homens sob seu comando, Castello Branco identificou a necessidade de construir algum tipo de edificação que pudesse proteger sua tropa e a cidade em que acabava de ocupar. Tão logo chegou, começou a erigir uma fortificação de taipa e palha, guarnecendo-a com doze peças de artilharia. Nela colocou o nome de Forte do Presépio de Belém, um tributo ao dia de Natal, data em que saíra do Maranhão. No interior do forte foram construídos alojamentos para a guarnição, pois havia o temor de eventuais contratempos com os índios tupinambás, bem como a possibilidade de uma invasão dos ingleses e holandeses.
Houve um ataque em 1619, porém não veio dos estrangeiros, e sim dos povos nativos. Os tupinambás, aliados dos portugueses na sua chegada e também responsáveis pela construção do forte, avançaram contra o povoado tentando expulsar os conquistadores lusos, acusando-os de ter violentado suas mulheres e filhas. A luta varou a madrugada. De um lado, os índios e suas flechas venenosas e incendiárias; do outro, armas de fogo. O combate só terminou quando o cacique Guaiamiaba morreu após ser atingido por um tiro de arcabuz. Depois desse episódio, o forte ganhou outro revestimento, de taipa de pilão.
Nenhuma outra tentativa de invasão voltaria a acontecer. Em 1753, o Forte do Castelo funcionou pela primeira vez como hospital para atender mais de trezentas pessoas acometidas de um surto epidêmico. Seis anos depois, transformou-se em hospital militar, sendo conhecido como Hospital do Castelo. No século XIX, quando os paraenses resolveram se insurgir contra a elite portuguesa na revolta que ficou conhecida como Cabanagem, o forte, já em condições precárias de conservação, foi quartel dos insurgentes durante cinco anos (1835-1840).
Escavações arqueológicas recentes encontraram munições, cachimbos, moedas, entre outros objetos antigos, que hoje pertencem ao Museu do Encontro, outro ponto turístico do local. Outro achado relevante foram os indícios da existência da Capela de Santo Cristo, um dos símbolos das origens do Pará. O Forte do Presépio foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1962.
Hoje, após ser usado como arsenal de guerra, hospital e círculo militar, é um dos principais pontos turísticos de Belém. Visitado diariamente por inúmeros estudantes, turistas nacionais e estrangeiros, oferece um precioso acervo, antigos canhões e até mesmo a munição que remonta aos séculos passados. Integra, ainda, o Complexo Feliz Lusitânia, destinado a preservar os espaços históricos de Belém e a manter viva a memória da cidade que na época do Brasil Colônia era a capital do Grão-Pará, área que hoje corresponde ao gigantesco trecho territorial entre o Maranhão e o Amazonas.
Disponível em: https://goo.gl/q1xppe. Acesso em: out. 2017.
Disponível em: https://goo.gl/nVcJjU. Acesso em: out. 2017.


Assuntos:
Baías; Belém (PA); Cais; Fortificações; Mercados; Pará; Portos

Título Secundárias: Casa de Haver o Peso; Mercado Bolonha; Mercado de Carne; Mercado de Ferro; Mercado de Peixe; Mercado de Peixe e de Carne; Mercado Municipal


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