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ID: 35107
Código de Localidade: 2111300
Município: São Luís
Tipo de material: fotografia
Título: Praça João Lisboa : [Estátua de João Lisboa] : São Luís, MA
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas:
Inicialmente denominada de Largo do Carmo, devido ao Convento e Igreja Nossa Senhora de Monte Carmelo, a praça está ligada a fatos históricos importantes da cidade, como a batalha entre holandeses e portugueses. Foi o local da primeira feira ou mercado da cidade, do primeiro abrigo público, e do pelourinho, destruído após a Proclamação da República.
No largo realizava-se a Festa de Santa Filomena, acontecimento de grande importância na vida da cidade. Em 1901, por meio de decreto municipal, recebeu a denominação de Praça João Lisboa em homenagem ao escritor e jornalista maranhense João Lisboa que ali residiu.
Antigamente, a Praça era o coração de São Luís, onde se reuniam intelectuais e políticos para comentar a vida da cidade e discutir arte, política e literatura. Durante este período o logradouro também ficou conhecido como Praça da Liberdade. Os bondes também transitavam pela região.
Na praça existe um grande monumento em bronze, com pedestal de mármore, erguido em homenagem a João Lisboa no ano de 1918 pelo escultor francês Jean Magrou. A estátua foi primeiramente fixada no Largo do Carmo, e depois deslocada para a atual Praça. Sob este monumento estão as cinzas do patrono da cadeira número 11 da Academia Maranhense de Letras.
Disponível em: https://passeiourbano.com/2012/03/22/praca-joao-lisboa/. Acesso em: abr. 2016.
Ao aproximar-se o ano de 1912, ano do centenário de nascimento de João Francisco Lisboa, os maranhenses decidiram movimentar-se no sentido de enaltecer e perpetuar a sua memória. Com esse objetivo, o deputado e escritor Viriato Correia, na sessão de 8 de abril de 1911, apresentou um projeto de lei ao Congresso Legislativo do Estado, autorizando o governo a abrir crédito necessário para a construção de uma estátua, em São Luís, em homenagem ao jornalista.
No dia 26 de abril de 1911, ocorreu a transladação dos restos mortais de João Lisboa do Cemitério Municipal para o Largo do Carmo, onde foram enterrados no centro da praça, no lugar destinado à estátua.
A cerimônia, realizada com pompa oficial, contou com a presença do governador Luis Domingues, de autoridades civis, militares e religiosas, intelectuais, sindicatos, estudantes e grande massa popular. A organização do ato cívico foi entregue à Academia Maranhense de Letras, cujo presidente, José Ribeiro do Amaral, foi o principal orador.
No centenário de nascimento de João Francisco Lisboa, em 22 de março de 1912, a estátua ainda não estava pronta. Sua inauguração só aconteceu seis anos depois, em 1 de janeiro de 1918, data que assinalava os oitenta anos da publicação do primeiro número da Crônica Maranhense.
A Academia Maranhense de Letras preparou a solenidade de inauguração da estátua, que contou com a presença de Dona Maria Lisboa Airlie, filha adotiva do homenageado, acompanhada pelos netos.
Disponível em: http://www.guiasaoluis.com.br/ver.asp?pagina=2177. Acesso em: abr. 2016.
João Francisco Lisboa, jornalista, crítico, historiador, orador e político, nasceu em Pirapemas, MA, em 22 de março de 1812. É o patrono da cadeira número 18 da Academia Brasileira de Letras, por escolha do fundador José Veríssimo.
João Lisboa foi o primeiro filho do casal João Francisco de Melo Lisboa e Gerardes Rita Gonçalves Nina. Estudou as primeiras letras em São Luís, onde viveu até os onze anos, quando voltou a Pirapemas, onde viveu até completar quatorze anos. Com a morte do pai, foi enviado para a capital da Província a fim de trabalhar no comércio como caixeiro da loja do negociante Francisco Marques Rodrigues, atividade que exerceu de 1827 a 1829. Após abandonar sua ocupação como caixeiro, dedicou-se inteiramente ao estudo, sob a orientação de alguns mestres renomados, como o professor de Latim Francisco Sotero dos Reis. Depois, separados por divergências de natureza política, os dois se tornaram adversários ferrenhos.
Com a suspensão da circulação do jornal Farol Maranhense, dirigido por José Cândido de Morais, Lisboa fundou em 1832 O Brasileiro, o seu primeiro diário, cuja publicação foi interrompida com a morte de José Cândido. Fez reviver O Farol, assumindo a sua direção por dois anos. De 1834 a 1836, dirigiu o Eco do Norte, também retirado de circulação.
Lisboa passou a trabalhar na administração pública, como secretário do governo durante três anos, a que se seguiu um período de duas legislaturas como deputado provincial.
Em 20 de novembro de 1834, casou-se com Violante Luísa da Cunha, sobrinha de João Inácio da Cunha, Visconde de Alcântara. O casal não teve filhos, porém adotou uma filha de Olegário José da Cunha, que faleceu pouco depois. Outra filha de Olegário, Maria Lisboa, foi adotada pelo casal.
Em 1838, retomou o jornalismo assumindo a direção da Crônica Maranhense, em sua fase áurea como escritor. A Crônica Maranhense era um jornal de combate, especialmente criado para defender os interesses do Partido Liberal, reproduzindo a história das lutas políticas daqueles anos. Deixou de circular em dezembro de 1840.
Durante o difícil período da Regência e da Maioridade de D. Pedro II, Lisboa defendeu, na tribuna parlamentar e na imprensa, princípios da liberdade e interesses do povo, sendo injustamente acusado de participação na Balaiada. Retirou-se temporariamente da política, dedicando-se à literatura e à advocacia. Em 1847, recusou o convite para se apresentar como candidato a deputado geral, mas aceitou a participação na Assembleia Provincial, para a qual foi eleito no ano seguinte.
Em 25 de junho de 1852, saiu o primeiro número do Jornal de Timon, folheto composto de cem páginas, inteiramente redigido por João Francisco Lisboa. Os cinco primeiros números circularam mensalmente. Somente em 1854 saíram, em volume de 416 páginas, os fascículos de 6 a 10; o 11º e o 12º saíram em março de 1858, quando o publicista residia com a família em Lisboa.
João Francisco Lisboa transferira-se em 1855, para o Rio de Janeiro, de onde, após curta permanência, partiu para Lisboa incumbido pelo Governo Imperial de coligir, em Portugal, documentos e dados elucidativos da história brasileira. Lá pesquisou também sobre a vida do Padre Antônio Vieira, para uma biografia que ficou inacabada. Após um período de intenso trabalho em arquivos portugueses, realizou uma viagem de despedida ao Maranhão, no período que vai de 5 de junho a 11 de dezembro de 1859. Nos anos que se seguiram, o estado de saúde do escritor tornou-se cada vez mais precário, e ele veio a falecer às duas horas da madrugada de 26 de abril de 1863.
Ainda naquele ano, já de volta ao Maranhão, Violante da Cunha Lisboa tomou providências para que o corpo do marido fosse trasladado de Lisboa para São Luís.Somente em 24 de maio de 1864 chegou o navio Brigue Angélica, conduzindo a bordo os restos mortais de João Francisco Lisboa.
João Francisco Lisboa fez parte do movimento maranhense do século XIX que conferiu à capital do Maranhão o título de Atenas Brasileira. Foram seus contemporâneos Odorico Mendes, Sotero dos Reis, Joaquim Serra, Franco de Sá, Sousândrade, Antônio Henriques Leal, Cândido Mendes de Almeida e César Augusto Marques.
Disponível em: http://www.academia.org.br/academicos/joao-francisco-lisboa/biografia. Acesso em: abr. 2016.
Inscrição na foto: Vendo-se à esquerda, a entrada da Igreja do Carmo.


Assuntos:
Estátuas; Lisboa, João Francisco, 1812-1863; Maranhão; Monumentos; Praças; São Luís (MA)

Título Secundárias: Largo do Carmo; Praça da Liberdade


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