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ID: 40597
Código de Localidade: 2611606
Município: Recife
Tipo de material: fotografia
Título: Monumento aos Aviadores : Grande Hotel : Recife, PE
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas:
O Monumento aos Aviadores, que está localizado próximo ao Rio Capibaribe, consiste na imagem de um homem alado, representando Ícaro, e de dois bustos que representam os portugueses Sacadura Cabral e Gago Coutinho. O Monumento foi erguido em comemoração a primeira travessia do Atlântico feita por aeromodelo em 30 de Março de 1922, que se iniciou em Belém.
Disponível em: https://bodegadahistoria.wordpress.com/2012/05/13/primeira-travessia-do-atlantico-sul/#more-147. Acesso em: set. 2015.
Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p28.html. Acesso em: set. 2015.
Gago Coutinho foi almirante da armada portuguesa, historiador, matemático e geógrafo. Nasceu em Belém, Lisboa, em 17 de Fevereiro de 1869. Em 1886, Carlos Viegas Gago Coutinho entrou na Escola Naval, passando por várias promoções ao longo dos anos, chegando ao posto de vice-almirante em 1922 e de almirante em 1958. Desde Março de 1898 a maior parte de suas atividades foram o desenvolvidas no âmbito da Comissão de Cartografia, primeiramente em trabalhos de campo de delimitação de fronteiras ou de geodesia processados em Timor, Moçambique, Angola, e S. Tomé, e a partir de 1919 como vogal, passando a presidir aos seus destinos em 1925, até à sua transformação na Junta de Investigações do Ultramar, em 1936. Foi nomeado chefe da Missão Geodésica da África Oriental, tendo trabalhado nela de Maio de 1907 até ao início de 1911, nesta missão conheceu Sacadura Cabral. Em seguida foi escolhido para chefiar a missão portuguesa de delimitação da fronteira de Angola no Barotze, a qual só se constituiu definitivamente em 1912. Regressou à metrópole em 1914, e em 1915 foi nomeado chefe da Missão Geodésica de S. Tomé. Em meados de 1919, enquanto ainda trabalhava na Missão Geodésica de S. Tomé, Gago Coutinho, incentivado por Sacadura Cabral, começou a dedicar-se ao progresso dos métodos de navegação aérea. Os dois tinham voado juntos pela primeira vez em 1917 e Sacadura Cabral já planejava a viagem aérea ao Brasil, que pretendia fazer por altura da comemoração do centenário da independência do país, em 1922. Gago Coutinho passou então a dedicar-se à resolução dos problemas que se punham à navegação aérea sem pontos de referência à superfície, para experimentar os processos de navegação aérea em estudo, ambos fizeram diversas viagens juntos, incluindo a primeira viagem aérea entre Lisboa e Funchal, Ilha da Madeira, em 1921, aperfeiçoando deste modo os métodos de observação em desenvolvimento. Estes estudos culminaram em 1922 com a realização da viagem aérea entre Lisboa e o Rio de Janeiro. Gago Coutinho concebeu o primeiro sextante com horizonte artificial que podia ser usado a bordo das aeronaves, o denominando astrolábio de precisão. Entre 1919 e 1938, se dedicou ao aperfeiçoamento deste instrumento, que veio a ser fabricado e difundido pelo construtor alemão C. Plath com o nome de System Admiral Gago Coutinho. Em colaboração com Sacadura Cabral concebeu e construiu um outro instrumento a que chamaram Plaqué de abatimento ou Corrector de rumos. Sua única publicação em livro foi o Relatório da Missão Geodésica da Ilha de S- Tomé 1915-1918, no entanto publicou inúmeros trabalhos em publicações periódicas. Alguns de seus trabalhos são: Tentativa de Interpretação Simples da Teoria da Relativa Restrita; O Roteiro da Viagem de Vasco da Gama e a suas versão nos Lusíadas; Passagem do Cabo Bojador; Influencia Que as Primitivas Viagens Portuguesas à América do Norte Tiveram sobre o Descobrimento das Terras de Santa Cruz; entre outros. Gago Coutinho faleceu em Lisboa, em 18 de Fevereiro de 1959.
Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p25.html. Acesso em: set. 2015.
Disponível em: http://www.calendario.cnt.br/gago.htm. Acesso em: set. 2015.
Sacadura Cabral foi um oficial de marinha e um aviador inovador. Nasceu em 23 de Maio de 1881, em Celorico da Beira. Em 10 de Novembro de 1897 se tornou praça, frequentando a Escola Naval. Em 1922, foi promovido a capitão-de-fragata. Terminado o seu curso, Artur de Sacadura Freire Cabral seguiu a bordo do S. Gabriel, em 1991, para a Divisão Naval de Moçambique, onde navegou durante dois anos. Em 1905 foi um dos oficiais escolhidos para o levantamento hidrográfico da baía de Lourenço Marques, atual Maputo, deliberado pelo governo. Em colaboração com Bon de Sousa, fez uma carta hidrográfica do Rio Espírito Santo e de trechos dos Rios Tembe, Umbeluzi e Matola. Em 1906 e 1907 trabalhou como topógrafo na retificação da fronteira entre o Transval e Lourenço Marques. Em 1907 chegou a Moçambique uma missão geodésica de que era chefe Gago Coutinho, trabalharam juntos no desempenho de missões geodésicas e geográficas, desde 1907 a 1910. Em 1911 concorreu aos serviços de Agrimensura de Angola, tendo sido nomeado para o lugar de subdiretor, desempenhou vários serviços, entre os quais observações astronômicas no Observatório de Angola e o reconhecimento da fronteira da Lunda. Em 1912 participou na missão do Barotze com Gago Coutinho, seu objetivo era delimitar as fronteiras leste de Angola. Sacadura Cabral regressou à metrópole em 1915, nesta época o Aero Club de Portugal procurava fazer propaganda da aviação e conseguiu que o governo abrisse um concurso para que os oficiais fossem enviados a escolas estrangeiras de aviação para obterem o brevê de piloto aviador militar. Sacadura Cabral foi para França e deu entrada na Escola Militar de Chartres, em março de 1916 fez as provas de brevê com aprovação. Ainda na França seguiu para a Escola de Aviação Marítima de Saint Raphael, onde se especializou em hidroaviões. Regressou a Portugal em Agosto de 1916, onde foi incorporado como piloto instrutor da Escola de Aviação Militar em Vila Nova da Rainha. Entretanto, Sacadura Cabral voltou à França para adquirir o material necessário para que o governo pudesse enviar para Moçambique uma esquadrilha de aviação, a primeira unidade de aviação constituída em Portugal. Em 1918 Sacadura Cabral foi nomeado diretor dos Serviços da Aeronáutica Naval e, a seguir, comandante da Esquadrilha Aérea da Base Naval de Lisboa. Em 1919 foi nomeado para fazer parte da Comissão encarregada de dar parecer sobre a melhor forma de por em prática um plano de navegação aérea. Demonstrou a viabilidade de vir a ser tentada a viagem aérea Lisboa-Rio de Janeiro, tendo sido nomeado para proceder aos estudos necessários para a sua efetivação. Juntamente com Gago Coutinho estudou um novo aparelho com o qual se conseguiria uma navegação estimada, e que viria a auxiliar e a completar a navegação astronômica por intermédio do sextante modificado por Gago Coutinho, inicialmente este aparelho foi chamado Plaqué de Abatimento e mais tarde Corrector de Rumos – Coutinho-Sacadura. Em 1921, para que pudesse testar essa instrumento, realizou com Gago Coutinho e Ortins de Bettencourt, a viagem Lisboa-Madeira. Em 1922, realizou 1ª travessia aérea do Atlântico Sul. Sacadura Cabral faleceu no dia 15 de Novembro de 1924, quando pilotava um Fokker 4146 de Amesterdão para Lisboa, um dos cinco aviões que seriam utilizados no seu projeto da viagem aérea à Índia.
Disponível em: http://cvc.instituto-camoes.pt/ciencia/p28.html. Acesso em: set. 2015.
Disponível em: http://www.calendario.cnt.br/gago.htm. Acesso em: set. 2015.
O Grande Hotel, de 1940, atualmente abriga o Fórum Thomaz de Aquino. Foi no Grande Hotel que, em 1942, Dorival Caymmi começou a escrever Dora.
Disponível em: http://www.intg.org.br/teste/afortunado/olivro/pdf_dividido/terceira-parte/IX.RECIFEAPARISDONORDESTE84.pdf. Acesso em: set. 2015.
Inscrição na foto: Anexa a Inf. nº 19 da I.R./P.E. de 31/3/1951. Monumento de Sacadura Cabral e o Grande Hotel.


Assuntos:
Cabral, Sacadura, 1881-1924; Coutinho, Gago, 1869-1959; Estátuas; Fóruns; Hotéis; Monumentos; Pernambuco; Recife (PE)

Título Secundárias: Fórum Thomaz de Aquino Cyrillo Wanderley


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