ID: 931
Código municipal: 2508901
Município: Mamanguape
Estado: Paraíba - PB
Assuntos: Mamanguape (PB); Paraíba
Gentílico: mamanguapense
Histórico: A origem da história de Mamanguape se insere no processo de conquista da Paraíba, notadamente marcada por embates entre o colonizador (português) e o gentio (índio potiguara).
A conquista da terra deu-se através de uma política de expansão bem definida do domínio português, que visava reduzir os índios inimigos e promover a catequização de índios aliados, ou seja, levar a ‘civilização, os hábitos europeus e a fé cristã ao habitante do novo mundo’ e explorar madeiras de lei, especialmente o pau-brasil.
Em 20 de novembro de 1585, Martim Leitão e o capitão João Tavares em expedição atravessaram o rio Mamanguape em direção à Baía Traição, onde encontrando os Potiguara travaram luta sangrenta, porém conquistando a terra.
Podemos afirmar que Mamanguape tem sua origem a partir de aldeamentos indígenas. Apesar da posse formal da terra por Martim Leitão, atritos entre lusitanos e indígenas eram constantes, o que motivou a construção da aldeia Monte-Mor.
O povoado de Mamanguape que tinha como sede a Vila Monte-Mor, localizava-se às margens do Rio Mamanguape e prosperou muito economicamente, pois possuía condições naturais muito favoráveis, a saber: água em abundância, rios propícios a navegação (rios Mamanguape e Camaratuba), solo fértil e o pau-brasil.
O topônimo Mamanguape é uma corruptela do tupi mamã-guape, que significa “onde se reúne para beber, no bebedouro”. Nome dado pelos índios ao Rio Mamanguape, que por sua vez deu nome a nossa cidade.
Entre 1850 e 1900 Mamanguape atinge seu maior esplendor, tornando-se depois da Capital paraibana a cidade mais rica da província. Possuía uma aristocracia rural muito promissora, ruas calçadas e iluminadas a lampião de azeite, comércio pujante de tecidos finos e mercadorias importadas, sobrados ornados com azulejos, famílias portuguesas e italianas e uma sociedade que se inspirava nos hábitos franceses.
Em 1859, mais precisamente em 27 de dezembro de 1859, D. Pedro II, imperador do Brasil, e sua comitiva de duzentas pessoas chegam à Mamanguape. A cidade os recebeu festivamente, sendo agraciado com as chaves da cidade e em seguida foi hospedado na casa do Dr. Antonio Francisco de Almeida Albuquerque (onde hoje funciona o Paço Municipal). Quando regressou à Corte, o Imperador agraciou o Dr. Flávio Clementino da Silva Freire com o título de Barão de Mamanguape. Mamanguape foi um dos principais núcleos econômicos e populacionais da Paraíba no século XIX.
Sua economia dependia quase exclusivamente da indústria da sacarose exportadora. Com a decadência deste setor, causada tanto por fatores internos (perca da mão-de-obra escrava, decadência do porto de Salema, principal ponto de transações comerciais e a construção da estrada de ferro que mudou a rota comercial para o brejo paraibano), quanto por externos (concorrência com o açúcar caribenho), levou a estagnação econômica deste pólo ao longo do século XX.
A partir de 1924 a condição econômica passa a ser retomada com a Fábrica de Tecidos Rio Tinto, no distrito de Rio Tinto, e em 1940 a instalação da Usina Monte Alegre, no Vale do Mamanguape. Em 1953, a instalação da Agência Caixa Econômica e o abastecimento d’água. Em 1958, a Maternidade Nossa Senhora do Rosário e a iluminação da cidade, com o uso de energia elétrica. Em 1970, a BR 101, ligando João Pessoa – Mamanguape – Natal. A instalação de agências bancárias e Destilarias como Miriri.
Fonte do histórico: MAMANGUAPE (PB). Prefeitura. Disponível em: https://www.mamanguape.pb.gov.br/historia/. Acesso em: 26 out. 2023.
Formação administrativa: Elevado à categoria de vila com a denominação de Mamanguape, pela Lei Provincial n.º 1, de 23-01-1839. Sede na povoação de Mamanguape.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Mamanguape pela Lei Provincial n.º 1, de 25-10-1855.
Pela Lei Municipal n.º 11, de 21-12-1908, são criados os distritos de Bairro Baixo, Bairro Alto, São João, São José do Rio Seco, Jacaraú, Mataraca, Baía da Traição, Preguiça e Barra de Mamanguape e anexados ao município de Mamanguape.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município aparece constituído de 10 distritos: Mamanguape, Bairro Alto, Bairro Baixo, São João, São José do Rio Seco, Jacaraú, Mataraca, Baía da Traição, Preguiça e Barra de Mamanguape.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município é constituído do distrito sede.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município aparece constituído de 6 distritos: Mamanguape, Baía da Traição, Jacaraú, Mataraca, Rio Tinto e Tavares.
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 1.164, de 15-11-1938, o distrito de Tavares foi extinto, sendo seu território anexado ao distrito de Rio Tinto.
Pelo Decreto-Lei Estadual n.º 520, de 31-12-1943, é criado o distrito de Itapororoca, criado com terras do distrito sede do município de Mamanguape.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 6 distritos: Mamanguape, Baía da Traição, Itapororoca, Jacaraú, Mataraca e Rio Tinto.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 1.622, de 06-12-1956, é desmembrado do município de Mamanguape o distrito de Rio Tinto. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 2.066, de 28-04-1959, é criado o distrito de Capim e anexado ao município de Mamanguape.
Pela Lei Estadual n.º 1.942, de 10-01-1959, é criado o distrito de Cuité de Mamanguape e anexado ao município de Mamanguape.
Pela Lei Estadual n.º 1.943, de 10-01-1959, é criado o distrito de Curral de Cima e anexado ao município de Mamanguape.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 8 distritos: Mamanguape, Baía da Traição, Capim, Cuité de Mamanguape, Curral de Cima, Itapororoca, Jacaraú e Mataraca.
Pela Lei Estadual n.º 2.604, de 01-12-1961, é desmembrado do município de Mamanguape o distrito de Jacaraú. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 2.701, de 28-12-1961, é desmembrado do município de Mamanguape o distrito de Itapororoca. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 2.748, de 02-01-1962, é desmembrado do município de Mamanguape o distrito de Baía da Traição. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 3.047, de 17-06-1963, é desmembrado do município de Mamanguape o distrito de Mataraca. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 4 distritos: Mamanguape, Capim, Cuité de Mamanguape e Curral de Cima.
Pela Lei Estadual n.º 3.319, de 31-05-1965, é criado o distrito de Pitanga da Estrada e anexado ao município de Mamanguape.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 5 distritos: Mamanguape, Capim, Cuité de Mamanguape, Curral de Cima e Pitanga da Estrada.
Pela Constituição Estadual e Ato das Disposições Constitucionais Transitórias Art. n.º 55, de 06-10-1989, é criado o distrito de Olho d’Água do Capim (ex-povoado de Capim) e anexado ao município de Mamanguape.
Pela Lei Estadual n.º 3.944, de 30-11-1977, é criado o distrito de Olho D’Água do Serrão e anexado ao município de Mamanguape.
Em divisão territorial datada de 17-I-1991, o município é constituído de 6 distritos: Mamanguape, Olho D’Água do Capim, Cuité de Mamanguape, Curral de Cima, Pitanga da Estrada e Olho D’Água do Serrão.
Pela Lei Estadual n.º 5.917, de 29-04-1994, são desmembrados do município de Mamanguape os distritos de Capim e Olho D’Água do Sertão, para formar o novo município de Capim.
Pela Lei Estadual n.º 5.920, de 29-04-1994, é desmembrado do município de Mamanguape o distrito de Cuité de Mamanguape. Elevado à categoria de município.
Pela Lei Estadual n.º 5.930, de 29-04-1994, alterado pela Lei Estadual n.º 6.426, de 27-12-1996, é desmembra de Mamanguape o distrito de Curral de Cima. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 15-VII-1997, o município é constituído de 2 distritos: Mamanguape e Pitanga da Estrada.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2022.