ID: 72
Código municipal: 2709152
Município: Teotônio Vilela
Estado: Alagoas - AL
Assuntos: Alagoas; Teotônio Vilela (AL)
Gentílico: vilelano

Histórico: Em meados de 1955, na localidade conhecida como Fazenda Risco, nas imediações da atual ponte do rio Coruripe perto da Usina Seresta, graças a um providencial furo de pneu de um automóvel que transportava produtos alimentícios de Coruripe com destino a Arapiraca, aconteceu a primeira transação comercial, isto porque os usuários daquele antigo sistema de transporte não tinham mais como levar seus produtos ao destino final, na grande maioria perecíveis e que logo estragavam, abrindo assim suas mercadorias aos transeuntes para realizar o comércio ali mesmo, numa região conhecida então como Chã de Planta (primeiro nome, já existente).
Um detalhe interessante e importante foi o fato de, segundo antigas testemunhas entrevistadas por Flávio Oliveira, para usar o macaco, instrumento usado para levantar o veículo, os feirantes tiveram que descarregar seus produtos da carroceria, para facilitar a subida do automóvel, fazendo com que eles colocassem as caixas de madeira que transportavam seus produtos na beira da estrada, o que foi fundamental para dar visibilidade as mercadorias e atraindo os passantes da região, como os vários trabalhadores dos engenhos de açúcar que propiciavam muitos empregos nos canaviais: Brejo dos Pacheco, São Mateus dos Sampaio, Peri-Peri dos Rolemberg, Rocheira dos Costas, Novo do Seu Demétrio, Gravatá dos Alexandres, Bicas e Cachoeira entre outros. Seus trabalhadores eram os principais usuários desta nova feira que surgia.
Desta forma surgia o lucrativo comércio com as pessoas dos arredores. A notícia difundiu-se rapidamente e começaram a chegar comerciantes de todos os locais, preferencialmente aos domingos (hoje, a feira livre de Teotônio Vilela é tombada como Patrimônio Imaterial, Histórico e Social, lei municipal nº 981/2017). Em 1958, um grupo de feirantes deixou a Vila da Usina Cansanção de Sinimbú, antigo engenho da região, e mudou-se para Vila São Jorge (segundo nome), que agora, com grande fluxo de pessoas, recebeu definitivamente este nome.
Alguns que dizem ter sido uma homenagem ao então Promotor de Justiça, advogado e oficial da Reserva do Exército Brasileiro, Jorge de Medeiros Pacheco; no entanto outros dizem que o nome veio em devoção ao Santo.
O prefeito seguinte de Junqueiro, Coronel João Malta Tavares, autorizou outras obras para a região, como: matadouro, escola Pedro Joaquim de Jesus (hoje escola Padre Joseph) e o primeiro mercado coberto do povoado (hoje, praça Tenente Albino, em frente ao Centro Cultural) para que os comerciantes pudessem guardar suas mercadorias (sem referência a datas). Em 1966, com o objetivo de aproximar a feira livre do prédio do mercado público, o prefeito Abel Augusto de Almeida decretou que ela deveria mudar de um lado da estrada (hoje, bairro Sebastião Vilela) para o outro.
Com isso, o povo, que antes dizia ir à “Feira de Chã da Planta”, passou simplesmente a ir à Feira Nova (terceiro nome) e este é o nome que mais durou na História da localidade, sendo chamada ainda assim por antigos moradores nos dias atuais.

Fonte do histórico: TEOTÔNIO VILELA (AL). Disponível em: https://teotoniovilela.al.gov.br/historia-0#. Acesso em: 18 jul. 2024.

Formação administrativa: Elevado à categoria de município e distrito com a denominação de Teotônio Vilela, pela Lei Estadual n.º 4831, de 12-12-1986, alterada pela Lei Estadual n.º 4884, de 27-02-1987, desmembrado dos municípios de Coruripe, Junqueiro e Campo Alegre. Sede no atual distrito de Teotônio Vilela, (ex-povoado de Feira Nova de Junqueiro). Instalado em 01-01-1989.
Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2023.

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