ID: 5508
Código municipal: 3144300
Município: Nanuque
Estado: Minas Gerais - MG
Assuntos: Minas Gerais; Nanuque (MG)
Gentílico: nanuquense
Histórico: A região que compreendia o município de Nanuque, desde o descobrimento do Brasil, atraía, demasiadamente, as atenções portuguesas, embora a presença dos indígenas Botocudos (Nak-Nucks, Giporoc, Pataxós, Machacalis, Potés, etc), impedissem a exploração do local.
O Sr. Teófilo Benedito Otoni teve uma ideia em relação à região habitada pelos Botocudos: submeteu o plano de sua Cia. de Comércio e Navegação do Rio Mucuri à consideração do Governo Imperial, que assinou parecer favorável a 31 de março de 1874. Ele larga do rio, a 4 de setembro do mesmo ano a bordo do Princesa Imperial, chega à Vila de São José do Porto Alegre (atualmente Mucuri-BA) e depois prossegue até as proximidades de Santa Clara.
A inavegabilidade do Mucuri a partir de Santa Clara não o desanimaria, e sua Cia. de Navegação efetivada pelo Decreto n° 802 de 12/07/1851, passaria a construir estradas. Depois da Cia. de Comércio e Navegação do Mucuri, sob responsabilidade de Teófilo Otoni, outro empreendimento, tendo à frente o engenheiro Miguel de Teive e Argolo, seria propulso-civilizador do Mucuri. Em 25/10/1878, a Lei mineira de n° 2.775 e a baiana de n° 1.946, de 28/08/1879, davam origem a Estrada de Ferro Bahia-Minas, que só se iniciou a 25 de janeiro de 1881, tendo a 9 de novembro do mesmo ano quase 143 km em tráfego.
A região ficou conhecida como Sete de Setembro, devido a um córrego com este nome, que desembocava no rio Mucuri, na fazenda Cachoeira, de propriedade de Antônio Barroso, no km 170 da Estrada de Ferro Bahia-Minas, onde as locomotivas passavam, quando em trânsito, para se abastecerem de água e lenha, exatamente no pontilhão. O serviço era feito por intermédio de baldes, não havia bombas nem caixa d’água. Depois, por construírem uma Caixa D’água, entre a atual e a estação da EFBM, a localidade adotou esta denominação, assim permanecendo durante algum tempo.
Em 1911 o armador João Américo Machado, depois arrendatário da EFBM, fez uma visita a Caixa D’água e entendeu-se com a família Schieber adquirindo terrenos por quinhentos mil réis para instalar uma grande serraria. Ao retornar, João Américo veio de uma só vez com vasto material e ferramentas, famílias de nacionalidades diversas, operários de várias especialidades e um carro da Estrada de Ferro que foi transformado em estação e nele instalado um aparelho Morse. Com a inauguração da Serraria Industrial do Mucuri, a 7 de setembro de 1912, consagrou-se esta data como de fundação do povoado Caixa D’água. O carro-estação telégrafo assim funcionou até 30 de julho de 1918 quando inaugurava-se a Estação Presidente Bueno, homenageando a Bueno Brandão ao assumir o governo do Estado.
O nome seria extensivo à localidade por alguns anos.
Em 1920 introduziu-se uma grande serraria automática, sob a administração de Trajano de Medeiros e Cia. quando se construiu um ramal rodoviário que saía de Chapadinha, atravessava por uma ponte, que prosseguia margeando o rio. Seis anos depois uma enchente levaria a ponte da Estrada de Ferro de Trajano, passando a travessia a ser feita por um cabo de aço ligado a duas torres nas margens do rio.
O topônimo originou-se da simplificação do nome dos primeiros habitantes do local, os índios nakneuck.
Fonte do histórico: NANUQUE (MG). Prefeitura. Disponível em: https://www.nanuque.mg.gov.br/portal/servicos/1001/historia/. Acesso em: 18 out. 2024.
Formação administrativa: Distrito criado com a denominação de Santa Clara do Mucuri, pela Lei Provincial n.º 2.829, de 24-10-1881, e Lei Estadual n.º 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de Teófilo Otoni.
Pela Lei Municipal n.º 228, de 18-12-1902, o distrito de Santa Clara do Mucuri tomou a denominação de Aimorés.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Aimorés figura no município de Teófilo Otoni.
Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.
Pela Lei Estadual n.º 843, de 07-09-1923, o distrito de Aimorés passou a chamar-se Indiana.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Indiana (ex-Aimorés) figura no município de Teófilo Otoni.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 148, de 17-12-1938, o distrito de Indiana foi transferido de Teófilo Otoni para o novo município de Carlos Chagas.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Indiana figura no município de Carlos Chagas.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.058, de 31-12-1943, o distrito de Indiana tomou a denominação Nanuque.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o distrito de Nanuque figura no município de Carlos Chagas.
Elevado à categoria de município com a denominação de Nanuque, pela Lei n.º 336, de 27-12-1948, desmembrado de Carlos Chagas. Sede no atual distrito de Nanuque (ex-Indiana). Constituído de 3 distritos: Nanuque, Alto Itaúna (ex-povoado de Comercinho) e Serra dos Aimorés (ex-povoado da estação do km 158 da Estrada de Ferro - Bahia Minas), ambos criados pela está mesma Lei acima citado. Instalado em 01-01-1949.
Em divisão territorial datada de 1-VI-1950, o município é constituído de 3 distritos: Nanuque, Alto Itaúna e Serra dos Aimorés.
Pela Lei Estadual n.º 1.039, de 12-12-1953, Nanuque adquiriu do município de Carlos Chagas o distrito de Vila Pereira.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é constituído de 4 distritos: Nanuque, Alto Itaúna, Serra dos Aimorés e Vila Pereira.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 2.764, de 30-12-1962, é desmembrado do município de Nanuque o distrito de Serra dos Aimorés. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 3 distritos: Nanuque, Alto Itaúna e Vila Pereira.
Em face do acordo celebrado entre os Estados de Minas Gerais e Espírito Santo pelo Decreto n.º 7.166, de 15-09-1963 (Minas Gerais) confirmado pelo Decreto n.º 264, de 15-09-1963, (Espírito Santo) o distrito de Alto Itáuna passou a integrar definitivamente ao território do Espírito Santo.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Nanuque e Vila Pereira.
Em divisão territorial de 2017, o município é constituído de 3 distritos: Nanuque, Vila Gabriel Passos e Vila Pereira.
Assim permanecendo em divisão territorial de 2023.
O acervo físico encontra-se temporariamente indisponível para consultas em razão de obras no Centro de Documentação e Disseminação de Informações - CDDI.