ID: 532
Código municipal: 2312403
Município: São Gonçalo do Amarante
Estado: Ceará - CE
Assuntos: Ceará; São Gonçalo do Amarante (CE)
Gentílico: gonçalense
Histórico: As terras onde hoje se localiza o município eram habitadas por índios de várias nações, principalmente de Anacés, Guanacés, Jaguaruanas, os primeiros, aldeados por Fernão Carrilho em Paramirim e, os últimos, na Uruburetama.
A chegada dos colonizadores visando ao povoamento da zona, iniciaram-se quando foram concedidas as primeiras sesmarias a Manuel Barreto da Silva e mais companheiros pelo capitão-mor Bento de Macedo Faria, em 8 de novembro de 1682, entre os rios Pará (atualmente Curu) e Mundaú. Ainda no rio Pará, Jorge Pereira e José Tavares Cabral (1693) e Antônio da Costa Peixoto (1694) requereram e obtiveram terras, os primeiros, por concessão do capitão-mor Thomaz Cabral de Olival, e o último, por Fernão Carrilho. Entre os rios Pará, Siupé e o sítio Peixoto, o Padre João Alves da Rocha, morador na vila de São José do Ribamar, adquiriu três léguas de terra que lhe foram concedidas pelo capitão-mor Gabriel da Silva do Lago, em 8 de março de 1707. Além dessas, ocorreram outras concessões, surgindo dentro em pouco alguns núcleos como o de Parazinho, Trairi, Siupé e São Gonçalo.
Em 1891, chegou à povoação de São Gonçalo, que não passava de uma simples fazenda de criar, com modesto arruado de casas de taipa, Manuel Martins de Oliveira, adolescente ainda. Em 1898, ajudado por José Procópio Alcântara, devoto de São Gonçalo, erigiu uma capela dedicada àquele santo, iniciando-se, então, nova fase de vida na localidade.
A Senhora Filomena Martins, esposa de Neco Martins (Manuel Martins de Oliveira), professora dedicada, cuidou da educação de toda a gente da terra e, ao lado do esposo, que animou e incentivou o comércio com outras povoações e vilas próximas, muito contribuiu para o desenvolvimento cultural e social de São Gonçalo.
As famílias Martins e Alcântara cresceram e se transformaram em grandes proprietárias de
fazendas, intensificando-se, por isso mesmo, o povoamento dos lugares próximos ao núcleo de São Gonçalo.
Fonte do histórico: São Gonçalo do Amarante (CE). In: ENCICLOPÉDIA dos municípios brasileiros. Rio de Janeiro: IBGE, 1959. v. 16. p. 499-500. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv27295_16.pdf. Acesso em: 28 ago. 2023.
Formação administrativa: Distrito criado com a denominação de Paracuru, por pela Lei Provincial n.º 1.020, de 14-11-1862 e por Ato Provincial de 06-07-1863.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Paracuru, pela Lei Provincial n.º 1.235, de 27-11-1868, desmembrado de Trairi. Sede na povoação de Alto Alegre do Paraisinho.
Pela Lei Provincial n.º 1.604, de 14-08-1874, a vila é extinta, sendo seu território anexado ao município de Trairi. Esta mesma lei transfere a sede para Trairi.
Elevado à categoria de município com a denominação de Paracuru, pelo Decreto Estadual n.º 73, de 01-10-1890, desmembrado de Trairi. Sede no núcleo de Paracuru. Constituído de 2 distritos: Paracuru e São Gonçalo. Instalado em 25-10-1890.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é constituído de 2 distritos: Paracuru e São Gonçalo.
Pela Lei Estadual n.º 1.841, de 17-08-1921, é transferida a sede do município da povoação de Paracuru para a de São Gonçalo.
Pela Lei Estadual n.º 1.936, de 12-11-1921, o município de Paracuru passou a denominar-se São Gonçalo.
Pela Lei Estadual n.º 2.368, de 30-07-1926, a sede do município volta a denominar-se Paracuru.
Pelo Decreto n.º 193, de 20-05-1931, o município de Paracuru adquiriu o extinto município de Trairi, como simples distrito.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído de 8 distritos: Paracuru, Mundaú, desmembrado de Trairi, Passagem do Tigre, Pecém, São Gonçalo, Serrote, Siupé e Trairi.
Pelo Decreto n.º 64, de 07-08-1935, é transferida a sede novamente de Paracuru para São Gonçalo e deu ao município esta denominação.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município já denominado São Gonçalo é constituído de 8 distritos: São Gonçalo, Mundaú, Passagem do Tigre, Paracuru, Pecém, Serrote, Siupé e Trairi.
Pelo Decreto Estadual n.º 448, de 20-12-1938, o distrito de Passagem do Tigre passou a denominar-se simplesmente Tigre. Sob o mesmo Decreto o município de São Gonçalo adquiriu o distrito de Umarituba (ex-Umari) do município de Souré.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído de 9 distritos: Sã Gonçalo, Mundaú, Tigre (ex-Passagem do Tigre), Paracuru, Pecém, Serrote, Suipé, Cuprituba (ex-Umari) e Trairi.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.114, de 30-12-1943, o município de São Gonçalo passou a denominar-se Anacetaba e o distrito de Tigre a denominar-se Paraipaba.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município já denominado Anacetaba é constituído de 9 distritos: Anacetaba, Mundaú, Paracuru, Paraipaba (ex-Tigre), Pecém, Serrote, Siupé, Trairi e Umarituba.
Pela Lei Estadual n.º 1.153, de 22-11-1953, o município de Anacetaba passou a denominar-se São Gonçalo do Amarante. Sob o mesmo Decreto são desmembrados do município de São Gonçalo os distritos de Trairi e Mundaú para constituírem o novo município de Trairi e ainda são desmembrados os distritos de Paracuru e Paraipaba para constituírem novo município de Paracuru.
Em divisão territorial datada de 1955, o município é constituído de 5 distritos: São Gonçalo, Pecém, Serrote, Siupé e Umarituba.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela Lei Estadual n.º 6.512, de 05-09-1963, é criado o distrito de Croatá e anexado ao município de São Gonçalo do Amarante.
Pela Lei Estadual n.º 6.664, de 14-10-1963, são desmembrados do município de São Gonçalo os distritos de Pecém e Siupé para formar o novo município de Recém.
Pela Lei Estadual n.º 8.339, de 14-12-1965, o município de São Gonçalo do Amarante adquiriu os distritos de Pecém e Serrote, pois o município de Pecém foi criado e não instalado.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1968, o município é constituído de 6 distritos: São Gonçalo do Amarante, Croatá, Pecém, Serrote, Siupé e Umarituba.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VIII-1983.
Pela Lei Municipal n.º 11.207, de 1986, é criado o distrito de Taiba e anexado ao município de São Gonçalo.
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 7 distritos: São Gonçalo do Amarante, Croatá, Pecém, Serrote, Siupé, Taiba e Umarituba.
Em divisão territorial datada de 2013, o município é constituído de 8 distritos: São Gonçalo do Amarante, Cágado, Croatá, Pecém, Serrote, Siupé, Taiba e Umarituba.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2022.
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