ID: 3749
Código municipal: 4215000
Município: Rio Negrinho
Estado: Santa Catarina - SC
Assuntos: Rio Negrinho (SC); Santa Catarina
Gentílico: rio-negrinhense
Histórico: Embora as plagas de Rio Negrinho tenham sido cruzadas, de longos anos, inclusive, parece não haver dúvida, que Dom Alvar Nuñez Cabeza de Vaca, em 1541, da região de São Francisco do Sul, atingiu os formadores do rio Iguaçú e seguiu até Assunção, no Paraguai, e só por volta de 1875 fixava-se neste território a primeira família, chamada Ferreira de Lima, a que bugres mataram o chefe. Esta família era procedente do Paraná, donde, logo depois chegavam outras famílias.
Originalmente as terras de Rio Negrinho, não fazendo parte da colonização pertenciam a família do Brigadeiro Manoel de Oliveira Franco de Curitiba, e ainda, em 1902, eram devolutas. Os primeiros moradores do Município, oriundos do Paraná, eram prepostos do Brigadeiro Franco, a fim de garantir a “guarda” de uma extensa área de terras na região. Dentre as primeiras famílias, aqui fixadas por volta de 1875, estão a Ferreira de Lima, Simões de Oliveira. Carvalho, Cardoso e Tavares.
Com a fundação de São Bento e a expansão de suas estradas, teve continuidade a construção da estrada Dona Francisca e sua passagem por Rio Negrinho, deu-se por volta de 1880, rumo a Rio Negro (hoje Mafra), e com a construção da ponte sobre o Rio Santa Maria (Rio Negrinho 2), hoje Rio Negrinho, instalou-se junto a obra a Firma Engº Riques e para tal montou o acampamento. Junto com esta Firma, vieram de Lençol e do interior da região e se instalaram ao lado do traçado da estrada que prosseguia em construção, diversas famílias com prestação de serviços aos construtores da obra tais como, Luiz Scholz com casa de comércio, Carlos Hantschel com sapataria, José Brey e outros. A estrada Dona Francisca foi concluída em 1892 e entregue ao tráfego e na confluência desta estrada com o caminho de tropas que seguiam da Estrada da Mata ou Estrada do Sertão de Curitiba com ramal de Papanduva via Bom Sucesso, Serro Azul, Rio dos Bugres com ramais para Corupá e São José dos Pinhais, começou a surgir um lugarejo que subsistia do tráfego de tropas e carroções.
Em 1911/13 a Estrada de Ferro São Paulo-Rio Grande construiu o ramal Porto União a São Francisco do Sul, sendo construída também a Estação de Rio Negrinho e a partir de então uma Vila começou a se formar e tomar grande impulso. Com a Estrada de Ferro, mais uma opção de escoamento de produção, afluíram muitas famílias vindas de Lençol, São Bento, Salto e outras regiões e com seu trabalho contribuíram para o desenvolvimento da localidade. A Estrada de Ferro aumentou o comércio de madeiras serradas, toras, erva-mate, lenha, nó de pinho e dormentes. Com a intermediação de Bernardo Olsen, que transferiu seu comércio de Lençol para a nova vila, passou-se a trocar produtos coloniais por artigos de primeira necessidade.
A construção da Estrada de Ferro, alavancou o crescimento da vila, trazendo grandes turmas de trabalhadores e para atendê-los, Bernardo Olsen montou um negócio comercial. Em 1913/14, Willy Jung e Jorge Zipperer montaram uma serraria no lugar chamado Salto, trazendo toda a maquinaria para esta serraria diretamente da Alemanha e escoando seus produtos para exportação através da Estação da Estrada de Ferro. Este pequeno empreendimento se tornaria no futuro na portentosa Móveis Cimo.
Em 1916, Willy Jung e Jorge Zipperer montaram outra serraria na Estrada de Lageado a Rio Negro, a 1 km. do rio do mesmo nome, com a denominação de Engenho Novo, distante em torno de 5 km. da estação ferroviária de Rio Negrinho. Com a necessidade de abrir uma estrada para ligar o Engenho Novo com a estação ferroviária a firma Jung e Cia comprou de José Brey uma faixa de terra de aproximadamente 25 alqueires entre os Rios da Serra e Rio Negrinho com linha seca fechando o perímetro. Nesta linha foi locada a estrada que recebeu o nome de Irani onde hoje é a Rua Pedro Simões de Oliveira. Em 1918 mudaram a Serraria do Salto e o Armazém para suas terras em Rio Negrinho às margens da dita estrada. Esta Serraria iniciou suas atividades em 25/09/1919, já sob a sigla A. Ehrl & Cia em virtude do falecimento de Willy Jung e em 16/01/1919 com a entrada de André Ehrl em seu lugar, iniciava-se nova fase na vida de Rio Negrinho.
Fonte do histórico: RIO NEGRINHO (SC). Prefeitura. Disponível em: https://rionegrinho.atende.net/cidadao/pagina/historia. Acesso em: 15 jul. 2024.
Formação administrativa: Distrito criado com a denominação de Rio Negrinho, pela Lei Municipal n.º 155, de 13-12-1924, subordinado ao município de São Bento.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito de Rio Negrinho figura no município de São Bento.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o distrito de Rio Negrinho permanece no município de São Bento.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 941, de 31-12-1943, o município de São Bento passou denominar-se Serra Alta.
Pela Lei Estadual n.º 247, de 30-12-1948, o município de Serra Alta voltou a denominar-se São Bento do Sul.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o distrito de Rio Negrinho figura no município de São Bento do Sul.
Elevado à categoria de município com a denominação de Rio Negrinho, pela Lei Estadual n.º 133, de 30-12-1953, desmembrado de São Bento do Sul. Sede no antigo distrito de Rio Negrinho. Constituído de distrito sede. Instalado em 27-02-1954.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de distrito sede.
Pela Lei Municipal, n.º 419, 18-12-1990, é criado o distrito de Vila de Volta Grande e anexado ao município de Rio Negrinho.
Em divisão territorial datada de 1-VI-1995, o município é constituído de 2 distritos: Rio Negrinho e Vila de Volta Grande.
Assim permanecendo em divisão territorial de 2023.