Aqui você pode realizar buscas no catálogo on-line, bem como fazer download de parte do nosso acervo. Além disso, disponibilizamos informações sobre a biblioteca, tais como histórico, serviços oferecidos, links relacionados, etc.

ID: 39432
Código de Localidade: 3550308
Município: São Paulo
Tipo de material: fotografia
Título: Estufa do Instituto Biológico : São Paulo, SP
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas:
Desde o início do século 20, o ideal de muitos aristocratas paulistas e dos barões do café era a criação de um órgão que cuidasse da sanidade de uma riqueza então presente no Estado de São Paulo, o café. Vários outros fatores, aliados a esse, eram constantes nas discussões dos intelectuais que viam em São Paulo uma terra fecunda para o estabelecimento da ciência, tal qual era para o Rio de Janeiro o Instituto de Manguinhos.
Em maio de 1924 apareceu uma terrível praga nos cafezais paulistas, a chamada broca, que perfurava as cerejas e desvalorizava o produto. O então Secretário da Agricultura, Gabriel Ribeiro dos Santos, constituiu uma Comissão para o estudo desta praga visando averiguar os estragos e identificar o parasita. Assim, Arthur Neiva, Ângelo da Costa Lima e Edmundo Navarro apresentaram várias propostas de combate dessa praga. Para a execução dos serviços, foi criada a "Commissão de Estudo e Debellação da Praga Cafeeira", sendo nomeados para compô-la Arthur Neiva, Adalberto Queiros Teles e Edmundo Navarro.
Foram tomadas medidas contra a broca, com a parceria fitossanitária, a fim de realizar novas investigações e novos meios de combate à praga. Arthur Neiva encerrou os trabalhos da Comissão apresentando um amplo relatório das atividades desempenhadas pelo órgão que chefiou. Arthur Neiva, com esse conteúdo de ações, demonstrou junto à Assembleia Legislativa a importância da criação de um órgão que beneficiasse os agricultores.
Em 20 de dezembro de 1926, o então Presidente Carlos de Campos enviou à Câmara dos Deputados o projeto da fundação de um Instituto de Biologia e Defesa Agrícola. Apesar de aprovado em 27 do mesmo mês, o projeto não se converteu em lei. Posteriormente, no governo Júlio Prestes, quando o cargo de Secretário de Agricultura era ocupado por Fernando Costa, foi proposta a criação de órgão ainda mais amplo que, ao lado das pesquisas e medidas de defesa relativas à sanidade vegetal, também se dedicasse a objetivos semelhantes na área animal.
Em 26 de dezembro de 1927, sob a Lei nº 2.243, foi criado o Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal que, em 1937, passou a denominar-se Instituto Biológico (IB).
O Instituto Biológico localizava-se, inicialmente, em vários prédios adaptados e distantes uns dos outros, nas Ruas Brigadeiro Luiz Antonio, Rua Marques de Itu, Florisbela (atual Nestor Pestana), Rua Washington Luiz, Rua Pires do Rio e na Cidade de Santos, fato que provocava inconveniências operacionais.
Em 1928 foi doada uma área de aproximadamente 239.000 m² para a construção do Instituto. Era uma área conhecida como "Campo do Barreto", e que mais tarde, uma parte foi cedida ao Parque do Ibirapuera. Era uma várzea com muitas aves e todo esse conjunto chamava-se “Invernada dos Bombeiros”, cortado pelo Córrego do Sapateiro. Hoje, essa área é definida pela Avenida Ibirapuera, Avenida Brasil e Avenida Conselheiro Rodrigues Alves. O terreno para a construção do Instituto Biológico foi permutado por um terreno de propriedade municipal (Parque Fernando Costa), situado à Avenida Água Branca, esquina da Rua Sarapuhy, hoje Rua Ministro Godoy, distrito Perdizes.
Em 1928 iniciou-se a construção do prédio sede, localizado na Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1252. O prédio demorou 17 anos para ser concluído, sendo inaugurado em 25 de janeiro de 1945 com a presença de Fernando Costa, interventor no Estado.
Na reforma de 1934, o Instituto absorveu a Defesa Sanitária Animal, além de ganhar mais seis seções. À estrutura de pesquisa ficavam agregados dois serviços de aplicação - o de defesa sanitária animal e o de defesa sanitária vegetal.
O complexo do Instituto Biológico ocupava uma área enorme indo até o então hoje Planetário no Parque do Ibirapuera. Onde hoje está localizada a Bienal, ficava o campo de futebol do Biológico Futebol Clube, local em que jogadores de vários times nas décadas de 30 e 40 faziam seus treinamentos.
No Governo Jânio da Silva Quadros, todo o terreno que ficava além da atual Avenida 23 de Maio, pertencente ao Instituto Biológico, foi retirado do IB e cedido para a construção do parque do Ibirapuera, para a comemoração do IV Centenário de São Paulo.
O edifício principal, projetado pelo arquiteto Mário Whately, destaca-se pelo estilo art déco, adquirido por meio da concepção artística européia na década de 30. Em 1939, Dácio A. de Morais Júnior assumiu a obra.
Em 1937 foi adquirida a Fazenda Mato Dentro, em Campinas, a fim de fazer dela um campo experimental e, logo depois, a Fazenda dos Cristais para experimentos com porcos no campo de vacinas. Em 1981/1982, foi incorporada ao Instituto Biológico uma fazenda experimental em Presidente Prudente para experimentos na área de sanidade em citros e mais 11 Laboratórios Regionais distribuídos em Presidente Prudente, Sorocaba, Registro, Pindamonhangaba, Ribeirão Preto, Marília, São José do Rio Preto, Araçatuba, Bauru, Descalvado e Bastos.
Em 20 de março de 2002, por força da comunidade de Vila Mariana, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) como bem cultural de interesse histórico, arquitetônico e urbanístico, o Conjunto Arquitetônico do Instituto Biológico.
O processo de tombamento foi iniciado em 1995, pelo Arquiteto Vitor José Baptista Campos. O trabalho abrange uma área de 122 mil metros quadrados e envolve onze edifícios, incluindo a sede. Foram incluídos também no processo as ruas internas e os 1.500 pés de café que fazem parte do complexo do IB.
Disponível em: http://www.biologico.sp.gov.br/quemsomos.php. Acesso em: maio 2016.
Inscrição na foto: Estufa para estudos de doenças vegetais.


Assuntos:
Institutos de pesquisa; São Paulo (Estado); São Paulo (SP)

Título Secundárias: IB; Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal


© 2024 IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística