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ID: 39460
Código de Localidade: 3550308
Município: São Paulo
Tipo de material: fotografia
Título: [Vista aérea da cidade] : Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo: São Paulo, SP
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas:
A primeira tentativa oficial de fundação de uma escola médica em São Paulo remonta aos primeiros anos da República. A iniciativa partiu do governo estadual de Américo Brasiliense de Almeida Mello, que sancionou a lei nº 19 de 24 de novembro de 1891, referendada pelo Secretário do Interior, Augusto de Freitas Villalva, que criava uma academia de medicina, cirurgia e farmácia na capital.
Em novembro de 1911,um grupo de intelectuais paulistas, incluindo médicos, farmacêuticos, dentistas e advogados, instalou a Universidade Livre de São Paulo, que era mantida pelo setor privado, sem a fiscalização do governo. Fundada por Eduardo Augusto Ribeiro Guimarães, tinha os cursos de medicina, de belas artes, comércio, engenharia, odontologia, farmácia e direito. Funcionando aproximadamente até 1917, essa Universidade chegou a formar alguns médicos e farmacêuticos.
A fundação da Universidade Livre de São Paulo desencadeou o debate sobre a criação de uma faculdade de medicina oficial do Estado, e em 1912, quando o Governo do Estado de São Paulo desencadeou o processo de criação da Faculdade de Medicina, o debate assumiu maiores proporções, alcançando as páginas dos jornais de grande circulação.
Neste contexto, a lei nº 1.357, de 19 de dezembro de 1912, aprovada pelo Presidente do Estado, Francisco de Paula Rodrigues Alves, e referendada pelo Secretário do Interior, Altino Arantes, estabeleceu que a Academia de Medicina, Cirurgia e Farmácia, criada em 1891 mas não regulamentada, passava a ser a Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. O médico Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho, que desde 1891 vinha se empenhando na criação de uma faculdade de medicina, e que havia sido diretor do Instituto Vacinogênico (1892) e diretor clínico da Santa Casa da Misericórdia de São Paulo (1894), ficou encarregado de organizar a instituição. Pelo decreto de 7 de janeiro de 1913, Arnaldo Augusto Vieira de Carvalho foi nomeado seu diretor.
A lei de criação da Faculdade foi regulamentada pelo decreto nº 2.344 de 31 de janeiro de 1913, quando foi determinado que o programa do curso, a ser realizado em seis anos, ficava composto por 28 cadeiras, sendo três no curso preliminar e 25 no curso geral.
A aula inaugural, versando sobre física, foi proferida pelo professor Edmundo Xavier na Escola Politécnica de São Paulo, no dia 2 de abril de 1913. Nos anos seguintes foram contratados professores estrangeiros para lecionarem diversas cadeiras.
A Faculdade foi instalada, provisoriamente, nas dependências da Escola Politécnica de São Paulo e da Escola de Comércio Álvares. No dia 23 de março de 1914, sua sede foi transferida para um prédio alugado, situado na rua Brigadeiro Tobias, 42. Nos fundos deste prédio foi construído um anfiteatro, onde funcionaram as cadeiras de física, química, história natural, anatomia, fisiologia, farmacologia, histologia, anatomia médico-cirúrgica, operações e aparelhos, e terapêutica experimental e arte de formular. Além deste prédio, foi alugado outro na esquina da mesma rua com a ladeira de Santa Efigênia, casa nº 1, antiga residência da Marquesa de Santos.
No ano de 1916, pela lei nº 1.504, foi autorizada a construção de um edifício para a Faculdade, porém não foi executada. Na mesma rua Brigadeiro Tobias, onde funcionava a Faculdade, foi arrendado um terceiro prédio.
No dia 28 de fevereiro de 1919 foi realizada a solenidade de formatura da primeira turma de médicos diplomados pela Faculdade, constituída por 27 profissionais, entre eles duas mulheres.
A Fundação Rockefeller e a Faculdade de Medicina firmaram acordos a partir de 1918 e na década de 1920, em que a Fundação Rockefeller destacou-se no apoio e colaboração prestados à Faculdade de Medicina, com o envio de equipes para a implantação de disciplinas de higiene e saúde destinadas à formação de quadros para atuar na prevenção e em campanhas de saúde pública, levando a implementação, em 1918, da cadeira de higiene na Faculdade de Medicina.
Em 25 de janeiro de 1920 foi lançada a pedra fundamental da sede própria da Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo, em frente ao Cemitério do Araçá. Dentre os prédios planejados, o único concretizado foi o do Pavilhão de Medicina Legal, finalizado em dezembro de 1921.
A lei nº 4.615 de 07 de dezembro de 1922, assinada pelo Presidente da República, Arthur Bernardes, reconhecia em todo o país os títulos emitidos pela Faculdade de Medicina e Cirurgia de São Paulo. A partir de então, a Escola teve de se submeter à vigilância e fiscalização do Conselho Superior de Ensino. Pelo decreto estadual n° 3.874 de 11 de julho de 1925, foi organizado o primeiro regimento interno da instituição aprovado pela Congregação na sessão de 21 de outubro de 1925, tendo sido referendado em 17 de abril de 1926, por ato do Secretário do Interior. A partir daí, sua denominação mudou para Faculdade de Medicina de São Paulo.
Em 1928, financiou uma Comissão formada por professores com objetivo de visitar países da Europa, Estados Unidos e Canadá para a coleta de dados em diversas instituições médicas.
A Faculdade executou o projeto elaborado pela Comissão, com o auxílio do arquiteto João Serato. A construção do prédio ficou a cargo da empresa F. P. Ramos de Azevedo & Cia., sendo dirigida pelos professores Ernesto de Souza Campos e Luiz Manoel de Rezende Puech.
Em 21 de fevereiro de 1929, foi aprovado o decreto estadual nº 4.554-A, que regulamentou a Faculdade de Medicina de São Paulo.
Em 15 de março de 1931, foi inaugurado o Edifício Central, na então Estrada do Araçá, depois Avenida Municipal, que a partir de 1931 foi denominada Avenida Dr. Arnaldo. Nesse prédio funcionavam a administração e os laboratórios.
No dia 25 de janeiro de 1934, foi aprovado pelo interventor federal do Estado de São Paulo, Armando de Salles Oliveira, o decreto nº 6.283, que criava a Universidade de São Paulo. A Faculdade foi integrada à nova instituição, com a denominação de Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Essa foi a primeira a ser instalada no país segundo os moldes de sistema universitário estabelecidos pela nova legislação de ensino, denominada Reforma Francisco Campos (decreto nº 19.851 de 11 de abril de 1931).
No dia 20 de abril de 1944, ficava pronto o Hospital das Clínicas e, em 1950, o pavilhão especial de ortopedia.
A Faculdade de Medicina firmou-se como um dos mais importantes centros de formação de recursos humanos e de desenvolvimento de pesquisas na área médica. Em 1951, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo recebeu o título de padrão "A" pelo Conselho Executivo da Associação Médica Americana, dos Estados Unidos, tornando-se merecedora das mesmas considerações e dos mesmos direitos que as escolas médicas aprovadas naquele país.
A área foi tombada pela Resolução 8, de 16 de março de 1981, do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (CONDEPHAAT).
Disponível em: http://www.cultura.sp.gov.br/portal/site/SEC/menuitem.bb3205c597b9e36c3664eb10e2308ca0/?vgnextoid=91b6ffbae7ac1210VgnVCM1000002e03c80aRCRD&Id=d492d342585bc010VgnVCM2000000301a8c0____. Acesso em: maio 2016.
Disponível em: http://www.fm.usp.br/site/Historico. Acesso em: maio 2016.
Disponível em: http://www.dichistoriasaude.coc.fiocruz.br/iah/pt/verbetes/facmedcirsp.htm. Acesso em: maio 2016.
Inscrição na foto: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Instituto "Adolpho Lutz", Instituto Oscar Freire (Medicina Legal) e Hospital das Clínicas.


Assuntos:
Cidades e vilas; Habitações; São Paulo (Estado); São Paulo (SP); Universidades e faculdades; Vistas aéreas; Vistas panorâmicas

Título Secundárias: Academia de Medicina, Cirurgia e Farmácia; Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; FMUSP


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