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ID: 34893
Código de Localidade: 2111300
Município: São Luís
Tipo de material: fotografia
Título: Praça Odorico Mendes : [Busto de Odorico Mendes] : São Luís, MA
Local: [S. l.]
Editor: [s. n.]
Ano: [19--]
Descrição física: 1 fot. : p&b
Série: Acervo dos municípios brasileiros
Notas:
A Praça Odorico Mendes recebeu o nome em homenagem Manoel Odorico Mendes, um dos cidadãos de grande contribuição para a produção cultura do estado.
O nome da Praça foi oficializado em 1901 e em 1930 sofreu uma grande reforma, recebendo canteiros e iluminação com fiação subterrânea. Em 1959, recebeu uma nova conformação mais moderna, com linhas geométricas e formas mais limpas.
Ao centro da Praça, encontra-se o busto do poeta Odorico Mendes, confeccionado pelo artista plástico mexicano radicado no Brasil, Rodolfo Bernadelli. Sobre a coluna de sustentação do busto estão os restos mortais do poeta, que faleceu e foi enterrado em Londres, de onde seus restos mortais foram trazidos 49 anos após sua morte. Em 2004, o busto foi roubado da Praça, sendo substituído meses depois.
Atualmente a Praça possui um quiosque padrão, com parada de ônibus e lanchonete, cobertura vegetal e rala, com poucas árvores, e um dos canteiros é recoberto com pedras britadas. Uma cerca de ferro foi colocada ao redor do busto, como forma de proteção contra vândalos.
Disponível em: https://goo.gl/AnHwEI. Acesso em: abr. 2016.
Disponível em: https://goo.gl/n51VG5. Acesso em: abr. 2016.

Descendente de uma das famílias mais tradicionais do Maranhão, Manoel Odorico Mendes nasceu em 24 de Janeiro de 1799, em São Luís, e foi um político, publicista, humanista e um dos mais antigos tradutores do Brasil.
Em 1816, aos 17 anos, foi enviado pelo pai a Portugal para cursar Medicina, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
Após cursar Filosofia Racional e Moral e cadeira de Língua Grega, completou o curso de Filosofia Natural, sem concluir, no entanto, a sua formação primeira. Em Coimbra, além da atividade acadêmica, deu início a uma intensa atividade política, aproximando-se de nomes do movimento liberal português e das leituras de Rousseau e Voltaire, além de começar a escrever seus primeiros versos e travar amizade com o escritor e político Almeida Garret.
Em 1824, após o falecimento do pai, retornou ao Brasil, em um período de grandes tensões internas e de instabilidade decorrentes da independência brasileira ocorrida dois anos antes. Incitado por forte patriotismo, iniciou sua atividade como publicista, redigindo o jornal O Argos da lei, em janeiro de 1825. Por influência do jornal, foi eleito deputado da primeira Assembleia Legislativa do Brasil, e transferiu-se para a capital carioca em meados de 1830, onde se afirmou como político e jornalista, escrevendo para inúmeros jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro, entre eles o Farol Paulistano, Clube Aurora, O Verdadeiro Liberal e o Jornal do Comércio. Manteve-se na política até 1847, quando encerrou seu último mandato como deputado, mudando-se em seguida para a França, onde, desta vez, passou a se dedicar exclusivamente à vida literária e ao seu audacioso projeto de verter ao português as obras primas dos clássicos gregos e latinos.
Em Paris, começou a traduzir ao português a Eneida, de Virgílio, publicando-a pela primeira vez em 1854, na Tipografia de Rignoux, em uma edição que se esgotaria em quinze dias. Passados quatro anos, editou a obra completa do poeta latino sob o título de Virgilio Brazileiro, cuja edição anotada de oitocentas páginas compreendia os textos d'Eneida, as Bucólicas e as Geórgicas. Tendo-as finalizado, iniciou a tradução em verso dos épicos de Homero que, em circunstância de sua morte, acabariam sendo publicadas postumamente: a Ilíada, em 1874, e a Odisseia, em 1928. Seu interesse não se restringiu apenas aos clássicos, uma vez que publicara em 1831 e 1839, respectivamente, a tradução em verso das obras Mérope e Tancredo, de Voltaire.
Alvo das mais diversas críticas, suas traduções dos clássicos gregos e latinos ainda exercem um grande interesse, sendo discutidas e rediscutidas ao longo das décadas, além de reeditadas, deixando impressas sua importância dentro do contexto literário do país, não somente como clássicos da literatura, mas da tradução.
Odorico Mendes faleceu aos 65 anos, em 17 de agosto de 1864, em Londres, Inglaterra.
Disponível em: http://www.dicionariodetradutores.ufsc.br/pt/OdoricoMendes.htm. Acesso em: abr. 2016.


Assuntos:
Estátuas; Maranhão; Mendes, Manuel Odorico, 1799-1864; Monumentos; Praças; São Luís (MA)


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